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Coronavírus

Diretora da Precisa permanece em silêncio na CPI da Covid

Beneficiada por uma decisão do STF, Emanuela Medrades não deve responder as perguntas dos integrantes da comissão

13 jul 2021 - 11h37
(atualizado às 11h50)
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A diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, chega para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito
A diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, chega para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito
Foto: Gabriela Biló / Estadão Conteúdo

A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, afirmou que ficará em silêncio na sessão desta terça-feira, 13, da CPI da Covid por orientação de sua defesa. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu a ela o direito de não responder perguntas na comissão quando as questões provocarem o risco de incriminação.

Nesta segunda-feira, 12, Emanuela prestou depoimento na Polícia Federal, que abriu um inquérito para investigar a compra da vacina indiana Covaxin, que foi intermediada pela Precisa e também é investigada na CPI.

No início da sessão, a diretora afirmou que já falou à PF e que vai permanecer em silêncio no Senado.

O presidente do STF, Luiz Fux, atendeu parcialmente a um pedido da diretora e garantiu que ela possa ficar em silêncio com relação a fatos que a incriminem durante depoimento na CPI da Covid.

"É uma decisão que o ministro dá para protegê-la como investigada, mas não dá esse direito todo para que não responda questões que não são direcionadas a ele", disse o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

A decisão provocou críticas na comissão. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) sugeriu uma reunião da cúpula do Senado com o STF para padronizar a postura em relação aos depoimentos, que vem recebendo tratamento diferente nos julgamentos de habeas corpus quando os depoentes pedem o direito de ficar em silêncio.

De acordo com Braga, é preciso estabelecer um padrão para não parar os trabalhos. "No caso da doutora Emanuela, sequer investigada ela é e mesmo assim veio com uma liminar para que não se pronuncie", disse o emedebista.

Estadão
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