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Coronavírus

Covid-19: Suécia vira 1º em taxa de mortalidade per capita

Taxa de mortalidade foi verificada, no entanto, apenas entre os dias 13 e 20 de maio, com Bélgica, Espanha, Itália, Reino Unido e França ainda à frente em todo o curso da pandemia

20 mai 2020 - 16h31
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População aproveita a primavera em parque em Stockholm, na Suécia
População aproveita a primavera em parque em Stockholm, na Suécia
Foto: Anders Wiklund / Reuters

A Suécia ultrapassou o Reino Unido, a Itália e a Bélgica e tem agora a maior taxa de mortalidade por coronavírus per capita do mundo, colocando em dúvida sua estratégia de evitar um lockdown.

De acordo com reportagem do Telegraph, citando dados do site Our World in Data, a Suécia teve 6,08 mortes por milhão de habitantes por dia, em uma média de sete dias, entre 13 e 20 de maio.

É a taxa mais alta do mundo, acima do Reino Unido, Bélgica e EUA, que têm 5,57, 4,28 e 4,11, respectivamente.

No entanto, essa maior taxa de mortalidade na Suécia foi verificada apenas na última semana (13-20), com Bélgica, Espanha, Itália, Reino Unido e França ainda à frente em todo o curso da pandemia.

O epidemiologista do governo, Anders Tegnell, porta-voz da estratégia sueca para o coronavírus, reduziu a importância dos números, argumentando que era enganoso se concentrar neles durante uma única semana.

"Isso é algo que deve ser considerado quando tudo acabar", disse ele ao jornal Svenska Dagbladet. "É obviamente terrível que tenhamos um número tão alto de mortes em nossos lares de idosos, e há lições a serem aprendidas para quem trabalha nessas instituições".

Ao longo da pandemia, a Suécia ainda teve menos mortes per capita do que o Reino Unido, Espanha, Itália, Bélgica e França, que optaram por bloqueios rígidos, mas muito acima dos vizinhos nórdicos Dinamarca, Noruega e Finlândia.

A estratégia da Suécia, baseada principalmente em medidas voluntárias de distanciamento social e higiene básica, foi criticada por alguns como um experimento perigoso com a vida das pessoas, mas também foi apresentada como um modelo futuro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A decisão de manter escolas, bares e restaurantes abertos e de continuar a permitir reuniões de até 50 pessoas tem sido elogiada por muitos que buscam o fim antecipado das restrições. Os defensores dela argumentam que o país está melhor preparado para evitar uma 'segunda onda', pois a população pode ter construído um certo grau de imunidade de rebanho. / COM REUTERS

Estadão
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