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Coronavírus

"Academia é vida", diz Bolsonaro para justificar liberação

Novo decreto do presidente também alcança salão de beleza e barbearia

11 mai 2020 - 18h40
(atualizado às 19h30)
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Presidente Jair Bolsonaro em uma de suas tradicionais entrevistas coletivas em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília (DF) 
05/05/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro em uma de suas tradicionais entrevistas coletivas em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília (DF) 05/05/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira, 11, que incluiu academias de ginástica, salão de beleza e barbearia como serviços essenciais. O novo decreto, que liberará essas atividades no País, ainda não foi publicado. "Saúde é vida", justificou o presidente ao jornalistas na chegada do Palácio da Alvorada. Segundo ele, as três atividades são fundamentais para a manutenção da saúde.

"Academia é vida. As pessoas vão aumentando o colesterol, tem problema de estresse. (Com a academia) vai ter uma vida mais saudável", disse, complementando que ir ao cabelereiro é uma questão de higiene. "A questão de cabeleireiro também. Fazer cabelo e unhas é questão de higiene."

Entre os empresários que apoiam Bolsonaro está Edgard Gomes Corona, Grupo Bio Ritmo e Smart Fit.

Nesta segunda, 11, ao chegar no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro tinha anunciado a inclusão dos salões de beleza e academias de ginástica na lista de atividades consideradas essenciais. O Decreto que confirma a decisão do governo está publicado em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta segunda-feira.

Com essa ampliação de hoje, a lista, que foi definida pelo Decreto 10.282, de 20 de março, já tem 57 atividades. No último dia 7, o presidente já tinha incluído o setor da construção civil e atividades industriais como essenciais, após reunião com empresários no Supremo Tribunal Federal (STF).

Neste domingo, 10, Bolsonaro tinha prometido ampliar o rol de atividades consideradas essenciais durante a pandemia. "Amanhã devo botar mais algumas profissões como essenciais. Vou abrir, já que eles não querem abrir, a gente vai abrindo aí", afirmou Bolsonaro a apoiadores, em frente ao Alvorada no domingo.

Ministério não foi consultado

O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que sua área não foi consultada sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro de incluir academias, salões de beleza e cabeleireiros no grupo de atividades consideradas essenciais durante a pandemia de coronavírus, mas disse que a pasta pode contribuir com a elaboração de maneiras de se proteger as pessoas.

Teich se mostrou surpreso, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, ao ser questionado sobre a decisão do presidente de incluir as novas atividades como essenciais, mas afirmou que "qualquer coisa decidida pode ser revista".

"Hoje existe um diálogo que permite que a gente se posicione se for necessário", afirmou.

O ministro acrescentou que a retomada de atividades pode acontecer caso seja criado um fluxo que impeça a contaminação das pessoas.

Com informações do Estadão Conteúdo e da Reuters

Fonte: Redação Terra
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