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Com alta histórica em diárias, hotéis têm onda inédita de fusões e aquisições

Consultoria JLL já assessorou quatro vendas este ano e tem mais três engatilhadas

9 nov 2025 - 05h10
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Um dos negócios recentes foi a compra do JW Marriott (à dir. na foto) pela HSI por mais de R$ 300 milhões
Um dos negócios recentes foi a compra do JW Marriott (à dir. na foto) pela HSI por mais de R$ 300 milhões
Foto: HKS Architects/Divulgação / Estadão

O setor hoteleiro brasileiro vive um momento histórico: as diárias estão no maior patamar já registrado, com tendência de alta, e o nível de ocupação também beira recordes. A situação financeira dos hotéis entrou num ponto saudável e não deve se alterar tão cedo, uma vez que o crescimento da demanda descolou da oferta. Nesse ambiente fértil, investidores em busca de oportunidades foram às compras, num momento inédito de fusões e aquisições no setor.

"Em 40 anos que acompanho a indústria, nunca vi tanta transação hoteleira como agora", afirma Ricardo Mader, diretor da JLL. A consultoria já assessorou quatro vendas de hotéis neste ano e tem mais três engatilhadas. "Nunca aconteceu nesse volume." Um dos atrativos adicionais para os negócios, diz Mader, é a perspectiva de pelo menos mais quatro bons anos pela frente, por causa de um desequilíbrio do mercado: aumento da procura de um lado e a ausência de novos projetos de outro.

Dados do anuário da JLL mostram que no ano passado a diária média já estava em R$ 476,7, maior nível desde 2004. O ajuste tem se dado muito mais em preços, mas a ocupação também está caminhando bem, para uma média de 61,1%. O recorde é de 2011, com 69,5%. Já a maior baixa, no auge da pandemia (2020), foi de 26,5%. O mais importante do ponto de vista dos negócios é uma retomada da saúde financeira, depois do baque registrado na crise sanitária. O indicador de margem (GOP, na sigla inglês) está em 44,7%, nível também recorde da série, segundo a JLL.

Perspectiva é positiva até 2030

A previsão da consultoria é que todas as métricas continuem crescendo pelo menos até o final da década. "Nossa previsão otimista é que até 2030 a oferta vai crescer 1%. Já a demanda vai crescer mais, acima do PIB", diz Mader.

O bom momento do setor é uma realidade em todo mundo, como fruto da recuperação das viagens no pós-pandemia, sobretudo as corporativas. Ainda assim, o Brasil é destaque dentro das redes internacionais. "Hotéis brasileiros estão no top performance global", diz Mader.

O quadro está movendo investidores de peso. O BTG foi o protagonista de uma das maiores operações já registradas na área: a compra de 18 hotéis da Accor, por quase

R$ 2 bilhões, no fim do ano passado. Entre os ativos estão o cinco estrelas Fairmont, de Copacabana, no Rio, e outras unidades de bandeiras como Ibis e Novotel. A Brookfield, outro bolso fundo mundial, indicou, em entrevista à Coluna, interesse em ingressar no segmento no Brasil.

Há interesse também de incorporadoras

Há também movimentação entre as incorporadoras. A Even concluiu em maio a venda do Hotel Faena, por R$ 419 milhões. O comprador não foi informado. No mesmo mês, a gestora HSI arrematou o icônico JW Marriot SP, por mais de R$ 300 milhões. Dois meses antes, havia adquirido o InterContinental São Paulo, por R$ 150 milhões.

Também no primeiro semestre, a HBR Realty, braço de propriedades comerciais ligados à incorporadora Helbor, vendeu o Hilton Garden INN, na Avenida Rebouças, em São Paulo, para a CVpar, do Nordeste, por R$ 110 milhões, como parte de um plano de venda de ativos. "Os investidores estão vendo uma oportunidade", diz Mader.

O interesse não está restrito a atores financeiros. O grupo hoteleiro Nacional INN, quinto maior em número de quartos no País, também foi às compras no período e já soma mais de 80 empreendimentos pelo País.

Esta notícia foi publicada na Broadcast+ no dia 07/11/2025, às 18:04

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Estadão
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