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Mudanças climáticas podem evaporar US$ 23 trilhões da economia

Swiss Re avalia os impactos causadas pelo aumento de 2,6ºC previsto para as temperaturas globais até 2050 com base nas trajetórias atuais

5 jul 2022 - 08h54
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Foto: Climatempo

Imagem: Pixabay

Os efeitos das mudanças climáticas poderão reduzir de 11% a 14% da produção econômica global até 2050 em comparação com os níveis de crescimento sem mudanças climáticas, de acordo com um relatório da Swiss Re, um dos maiores fornecedores mundiais de seguros para outras companhias de seguros. Isso equivale a US$ 23 trilhões em redução da produção econômica global anual em todo o mundo como resultado das mudanças climáticas.

As projeções também podem influenciar os investimentos da Swiss Re e outras seguradoras, que administram coletivamente cerca de US$ 30 trilhões em ativos, segundo Jerome Jean Haegeli, economista-chefe da Swiss Re, em comunicado. Se os países conseguirem manter os aumentos médios da temperatura global em menos de dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais - a meta estabelecida pelo acordo de Paris de 2015, um acordo entre as nações para combater as mudanças climáticas - as perdas econômicas em meados do século seriam marginais, indica a Swiss Re.  De acordo com a companhia, as temperaturas globais provavelmente aumentarão 2,6 graus até 2050 com base nas trajetórias atuais.

Se isso acontecer, a economia dos Estados Unidos encolheria até 7% em relação ao resultado que poderia obter em um mundo sem mudanças climáticas, estimou o relatório. Outras nações ocidentais ricas, incluindo Canadá, Grã-Bretanha e França, podem perder entre 6% e 10% de sua produção econômica potencial. 

Mesmo que o aumento da temperatura global seja mantido em dois graus Celsius, Malásia, Filipinas e Tailândia verão um crescimento econômico 20% abaixo do que poderiam esperar até 2050, estimou a Swiss Re. Com 2,6 graus, cada país teria um terço a menos de riqueza do que seria o caso. A Swiss Re também modelou os impactos econômicos de um aumento de 3,2 graus até 2050, que descreveu como o "caso grave" para ganhos de temperatura.

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