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Grande Muralha Verde da África é bom retorno para investidores

Estudo liderado pela FAO mostra retorno médio de 20% para cada dólar investido num projeto de restauração do solo, apesar de condições climáticas adversas.

18 nov 2021 - 00h13
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Foto: A chamada "Grande Muralha Verde" deve ir do Djibuti ao Senegal - FAO/Giulio Napolitano/ONU News 

Um programa de combate à desertificação, na Região do Sahel, na África, está mostrando resultados contra a mudança climática e a favor de investidores.

A afirmação consta de um estudo liderado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, sobre o impacto do projeto Grande Muralha Verde, GGW na sigla em inglês.

 

Contextos

Para cada dólar investido, houve um retorno de US$ 1,20 em projetos de contenção da degradação que foram do Senegal no oeste, ao Djibuti no leste.  Em alguns casos, os resultados variavam de US$ 1,1 a US$ 4,4.

O coordenador da Divisão de Florestas da FAO, Moctar Sacande, afirma que é preciso mudar a retórica sobre a região. Para ele, é necessário mostrar que apesar de um solo seco e árido, é possível restaurar o solo e obter lucros.

O estudo utilizou dados por satélite e no terreno para mapear a degradação ambiental entre 2001 e 2018. A partir daí, comparou-se os custos e os benefícios de restauração do solo com base em diferentes cenários adaptados aos contextos locais.

 

Acácia

O reflorestamento e restauração neste cinturão, que se estende por 8 mil km2, estão levando comunidades a plantar árvores resilientes e espécies como a Acácia Senegal que gera borracha árabe usada em bebidas. E outras espécies que ajudam com fertilizantes para o cultivo de um tipo de milho e forragem animal.

Com o apoio da FAO, mais de 500 comunidades estão melhorando oportunidades de rendas e segurança alimentar.  Um total de US$ 20 bilhões foi prometido como apoio incluindo US$ 14,3 bilhões na Cimeira para Biodiversidade, Um Planeta.

Por causa de conflitos armados, metade da área envolvida no projeto permanece inacessível por razões de segurança.

Fonte: ONU News

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