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XPrize dá US$ 20 mi para quem transformar CO2 em dinheiro

29 set 2015 - 11h20
(atualizado às 11h51)
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A organização XPrize, que capitaneou a corrida para privatizar a exploração espacial, anunciou nesta terça-feira (29) que agraciará com US$ 20 milhões quem for capaz de desenvolver um método para transformar as emissões de dióxido de carbono em produtos com valor comercial.

Quem não gostaria de ganhar US$ 20 milhões?
Quem não gostaria de ganhar US$ 20 milhões?
Foto: iStock

"Nos próximos meses, a XPrize recrutará equipes de todo o mundo para concorrer pelo XPrize Carbono. Estamos buscando abordagens novas e revolucionárias para transformar as emissões de CO2 em produtos com valor", anunciou hoje Paul Bunje, diretor de Energia e Meio Ambiente da XPrize.

A metade do prêmio, US$ 10 milhões, será proporcionada pelas companhias petrolíferas que exploram as jazidas das areias betuminosas da província canadense de Alberta, consideradas uma das maiores reservas de petróleo do mundo.

A exploração das jazidas de Alberta se transformou em um grave problema político para o Canadá.

O primeiro-ministro canadense, o conservador Stephen Harper, retirou o Canadá do Protocolo de Kioto em 2010 para poder desenvolver sem dificuldades as jazidas das areias betuminosas.

Cientistas e grupos ambientalistas consideram o petróleo das areias betuminosas como um dos mais "sujos" do mundo pelo grave impacto no meio ambiente que representa sua extração, tanto em emissões de dióxido de carbono como no consumo de água e poluição, e seu processamento e transporte.

A recusa de Harper de atalhar o problema das emissões do setor petroleiro no Canadá é considerada a principal razão pela qual Washington se negou a autorizar a construção do oleoduto Keystone XL, que conectaria as jazidas de Alberta com as refinarias no sul dos Estados Unidos.

Os US$ 10 milhões com os quais as companhias petrolíferas contribuirão ao XPrize Carbono serão proporcionados pela Aliança para a Inovação das Areias Betuminosas do Canadá (COSIA, por sua sigla em inglês).

Os US$ 20 milhões do XPrize Carbono é o segundo maior prêmio outorgado atualmente pela organização, que tem em andamento seis competições para a inovação.

O primeiro são os US$ 30 milhões oferecidos para quem desenvolver um método acessível para que uma companhia privada envie um robô à Lua. Este desafio é financiado pelo Google.

O XPrize Carbono tem como objetivo encontrar a solução às emissões de carbono em 54 meses.

A XPrize disse que a competição terá duas vias: uma concentrada em provar tecnologias em uma central elétrica de carvão e outra em provar tecnologias em uma central elétrica de gás.

"A equipe ganhadora transformará a maior quantidade de emissões de CO2 nos produtos de maior valor", disse a XPrize em seu site.

EFE   
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