Com atos nas ruas, Fridays for Future realiza mobilização global pelo clima
O ato é o primeiro dia de ação global do movimento neste ano, tendo em vista que os ativistas concentraram suas atividades em mobilizações virtuais por causa da pandemia do novo coronavírus
SÃO PAULO - Integrantes do movimento Fridays for Future, criado pela ativista ambiental Greta Thunberg, estão realizando mobilizações em diferentes partes do mundo nesta sexta-feira, 25. O ato é o primeiro dia de ação global do movimento neste ano, tendo em vista que os ativistas concentraram suas atividades em mobilizações virtuais por causa da pandemia do novo coronavírus.
O Fridays For Future realiza greves estudantis para alertar sobre os problemas ambientais e seus impactos para o futuro. Os jovens adaptaram as ações para evitar a disseminação do vírus durante os atos. Segundo o movimento, em locais em que não for possível fazer a mobilização presencial, os atos online serão mantidos.
Uma das reivindicações do grupo é o compromisso com a meta estabelecida no Acordo de Paris de limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5ºC.
"Se quisermos minimizar os riscos de desencadear reações em cadeia irreversíveis além do controle humano, precisamos agir agora. Portanto, é vital que a crise climática não seja esquecida pela sombra do coronavírus, mas seja considerada a prioridade máxima. Fridays For Future continuará protestando enquanto a exploração da natureza puder continuar", informou o movimento em comunicado à imprensa.
Nas redes sociais, os jovens estão compartilhando fotos e vídeos das mobilizações, que contam com cartazes, faixas e passeatas, em Uganda, na Índia, na Austrália e na Alemanha. Greta também está divulgando as ações em sua página no Twitter.
No Brasil, a mobilização será realizada em pequenos grupos e os integrantes vão se concentrar em ações virtuais por causa da covid-19.
"A nossa mobilização vai ser principalmente digital, mas teremos entre quatro e cinco mil pessoas nas rua em ações pequenas e seguindo protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde)", diz Valentina Ruas, de 17 anos, integrante da Fridays for Future no Brasil. O movimento também levou o tema da educação climática e ambiental para 19 escolas.
O agravamento do desmatamento e das queimadas no País é algo que preocupa os jovens que fazem parte do grupo. "É um sentimento de desespero, porque a gente vê o nosso futuro escorrendo pelo ralo. O incêndio no Pantanal foi o pior da história, mas, se a gente não fizer algo, vai ser a mesma coisa no ano que vem e só vai piorar. É agora ou nunca. Quem vai sofrer com as consequências somos nós."