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Bolsonaro chama dados sobre Amazônia de "mentirosos"

Na Bahia, o presidente ressaltou o 'potencial incalculável' do bioma e defendeu exploração sustentável

5 ago 2019 - 13h37
(atualizado às 14h03)
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Após ataques de Bolsonaro, boatos ganham impulso nas redes
Após ataques de Bolsonaro, boatos ganham impulso nas redes
Foto: GABRIELA BILÓ / Estadão Conteúdo

Três dias após a polêmica envolvendo dados sobre desmatamento que culminou com a exoneração do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta segunda-feira, 5, em Sobradinho, no norte da Bahia, que alguns brasileiros ousam divulgar números mentirosos sobre a Amazônia.

"A Amazônia é um potencial incalculável. Por isso, o mundo está de olho nela. Por isso alguns brasileiros ousam em fazer campanha com números mentirosos sobre nossa Amazônia", disse o presidente. "E nós temos que vencer isso, e mostrar para o mundo, primeiro, que o governo mudou e, depois, que nós temos responsabilidade para mantê-la nossa, sem abrir mão de explorá-la de forma sustentável."

Mais cedo, em entrevista à Rádio Eldorado, o ministro da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicação, Marcos Pontes, afirmou nesta segunda que o nome do novo diretor do Inpe deve ser anunciado até esta terça-feira, 6. Segundo ele, o critério será técnico e, entre os preferidos, está um oficial da Aeronáutica doutor em desmatamento. "Estou procurando nome que tenha conexão com Inpe, que tenha conhecimento nessa área (desmatamento) e em gestão", disse Pontes.

O ministro declarou que Galvão tornou a situação insustentável ao procurar a imprensa para rebater os comentários de Bolsonaro em vez de tentar resolver a situação pelo diálogo.

"Se o Galvão tivesse me procurado após os comentários de Bolsonaro, tudo poderia ter sido resolvido no diálogo. O fato de ter falado direto com a imprensa gerou perda de confiança", afirmou Pontes à Eldorado. "Tem influência do presidente (na demissão), mas também tem minha parte, porque se tornou difícil contornar a situação."

O ministro disse que está à disposição para dar esclarecimentos no Senado Federal, caso seja chamado.

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