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Dez estados dos EUA pedem a Trump para retirar país do Acordo de Paris

24 mai 2017 - 20h33
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Uma coalizão de dez estados pediu nesta quarta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se retire do Acordo de Paris contra a Mudança Climática, um dos legados diplomáticos do ex-presidente Barack Obama.

"A saída do Acordo de Paris é um passo importante e necessário para reverter as políticas energéticas que destroem o emprego e o excesso ilegal da era de Obama", indicou em comunicado o procurador-geral do Texas, um dos estados da coalizão, o republicano Ken Paxton, sobre a carta que foi enviada a Trump.

O presidente disse que tomará uma rápida decisão sobre o assunto.

Paxton assinou o documento junto com os procuradores-gerais de Alabama, Arkansas, Kansas, Louisiana, Missouri, Nebraska, Carolina do Sul, Virgínia Ocidental e Wisconsin. Dos dez estados, apenas dois, Louisiana e Virgínia Ocidental, são governados por democratas.

Para que o Acordo de Paris entre em vigor, é preciso que pelo menos 55 países, que somem 55% das emissões globais de poluentes, completem o processo de ratificação.

China e EUA, os dois países mais poluidores do mundo, são responsáveis por cerca de 40% das emissões globais e anunciaram de maneira conjunta a ratificação do acordo no início de setembro.

Os signatários da carta a Trump afirmam que o chamado Plano de Energia Limpa, criado por Obama, era o eixo da participação dos EUA no Acordo de Paris. Como o atual presidente americano quer revogar as medidas de seu antecessor, não faz sentido seguir no pacto contra a mudança climática assinado na capital francesa.

Trump assinou no fim de março uma ordem executiva que prevê a independência energética dos EUA e a criação de empregos, particularmente na indústria do carvão, às custas de começar a desmantelar o legado contra a mudança climática de Obama.

Um ponto essencial da ordem executiva de Trump é o que elimina o requisito que as agências do governo federal considerem o pacto para a mudança climática para tomar decisões.

O decreto de Trump também determina uma revisão das diretrizes do Plano de Energia Limpa de Obama, lançado em 2015, com o objetivo de que os EUA reduzam as emissões de carbono das centrais elétricas em 32% em relação aos níveis de 2005.

EFE   
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