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Câncer Gástrico: imunoterapia reduz possibilidade de morte em 22%

O estudo MATTERHORN comparou o tratamento padrão com a combinação da quimioterapia utilizando alguns medicamentos

29 out 2025 - 19h36
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O adenocarcinoma gástrico e de junção gastroesofágica é um dos tipos de câncer mais prevalentes globalmente. Historicamente, o protocolo de tratamento tradicional para pacientes com doença localmente avançada ressecável envolve a realização de cirurgia, seja para a remoção total ou parcial do estômago, combinada com quimioterapia. No entanto, as taxas de recorrência da doença sob essa terapia convencional permanecem elevadas.

A análise final de sobrevida global, apresentada no Congresso da ESMO de 2025, indicou um benefício relevante para o grupo que recebeu o tratamento combinado
A análise final de sobrevida global, apresentada no Congresso da ESMO de 2025, indicou um benefício relevante para o grupo que recebeu o tratamento combinado
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

O estudo de fase 3 MATTERHORN investigou a possibilidade de aprimorar esses resultados por meio da inclusão de imunoterapia no regime pré-cirúrgico. Os resultados do estudo foram divulgados na 41ª Conferência da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO), por Josep Tabernero, professor do Instituto de Oncologia Vall d'Hebron, em Barcelona.

O estudo MATTERHORN comparou o tratamento padrão com a combinação da quimioterapia utilizando os medicamentos fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel (protocolo conhecido como FLOT) mais o imunoterápico durvalumab (D + FLOT). Um total de 948 pacientes participaram da pesquisa, sendo metade alocada para receber o imunoterápico e a quimioterapia e a outra metade recebendo placebo e quimioterapia.

A análise final de sobrevida global, apresentada no Congresso da ESMO de 2025, indicou um benefício relevante para o grupo que recebeu o tratamento combinado. O regime D + FLOT demonstrou uma redução do risco de óbitos em aproximadamente 22% em comparação com o grupo que recebeu apenas a quimioterapia (FLOT com placebo). Este ganho na sobrevida global foi considerado estatisticamente significativo ($p = 0,021$) e clinicamente importante.

Frederico Müller, oncologista da Oncologia D'Or, ressaltou a relevância do estudo, afirmando que a associação da imunoterapia à quimioterapia antes da cirurgia (terapia perioperatória) representa um avanço. Segundo o especialista, esta abordagem oferece um aumento na sobrevida global e potencializa as chances de cura em casos de câncer gástrico ou de junção gastroesofágica que são passíveis de ressecção.

Em razão das altas taxas de recidiva observadas com o tratamento tradicional, João Fogacci, também oncologista da Oncologia D'Or, manifestou a avaliação de que o estudo MATTERHORN estabelece a combinação de imunoterapia e quimioterapia como a abordagem preferencial para a cura do câncer gástrico em pacientes que demonstram tolerância ao regime. Os resultados apontam para uma consolidação desta terapia combinada como um novo padrão no tratamento da doença ressecável.

Perfil Brasil
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