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Brexit: Milhares protestam em Londres para exigir segundo referendo

23 mar 2019 - 15h50
(atualizado em 24/3/2019 às 10h44)
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Organizadores estimam que um milhão de opositores da saída do Reino Unido da União Europeia tomaram as ruas da capital britânica. Manifestação ocorre em momento delicado para a primeira-ministra May.Centenas de milhares de opositores da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) tomaram as ruas do centro de Londres neste sábado (23/03) para exigir um novo referendo sobre o "Brexit".

A manifestação deste sábado pode igualar o recorde de um protesto contra a invasão americana do Iraque em 2003
A manifestação deste sábado pode igualar o recorde de um protesto contra a invasão americana do Iraque em 2003
Foto: DW / Deutsche Welle

Não há estimativas oficiais sobre a quantidade de manifestantes, mas os organizadores apontam que pelo menos um milhão de pessoas se juntaram à manifestação, que percorreu diversos marcos da capital britânica.

Segundo a rede BBC, caso o número seja confirmado, a manifestação deste sábado pode igualar o recorde de um protesto contra a invasão americana do Iraque em 2003. Em outubro, outra manifestação contrária ao Brexit atraiu cerca de 700 mil pessoas.

Neste sábado, vários manifestantes exibiram cartazes com frases como "o melhor acordo é nenhum Brexit", "Nós amamos a UE" e "exigimos uma votação popular".

O protesto também conta com apoio de partidos. O vice-líder do Partido Trabalhista, Tom Watson, fez um discurso para a multidão e disse que um segundo referendo é a "única maneira" de resolver o impasse do Brexit. Também compareceram a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, o líder liberal-democrata Vince Cable e o prefeito de Londres, Sadiq Khan.

Também neste sábado, a petição online parlamentar lançada na quinta-feira para que o governo britânico renuncie ao Brexit superou 4,16 milhões de assinaturas, de acordo com o site de petições do governo britânico, ultrapassando de longe o mínimo de 100 mil necessárias para o Parlamento se ocupar do tema.

O protesto ocorre em meio à ameaça de queda da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, que não consegue vencer a resistência do Parlamento para aprovar o acordo de saída firmado com a União Europeia. Três anos após a aprovação da saída da UE ter sido aprovada em um referendo, ainda é incerto como, quando e até mesmo se o Brexit ocorrerá.

May afirmou na sexta-feira que pode não ter condições de submeter o acordo firmado com a UE, que já foi derrotado duas vezes, para uma nova votação no parlamento. Segundo os jornais The Times e The Daily Telegraph, há uma pressão crescente pela renúncia de May.

Na quinta-feira, a UE aceitou adiar até 12 de abril a saída do Reino Unido do brexit, concedendo a May mais duas semanas para tentar aprovar o acordo no Parlamento. Originalmente, a saída do país do bloco estava prevista para ocorrer no dia 29 de março.

Uma pesquisa divulgada esta semana indicou que 56% dos eleitores britânicos são favoráveis a um novo referendo, enquanto 44% opõem-se.

JPS/rt/ots

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