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Trabalhadores do IBGE encerram greve que durou 79 dias

Foram assinados dois acordos entre a direção do instituto e representantes do sindicato

13 ago 2014 - 18h51
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<p>Acordo tamb&eacute;m ser&aacute; assinado pela Secretaria de Rela&ccedil;&otilde;es do Trabalho, do Minist&eacute;rio do Planejamento</p>
Acordo também será assinado pela Secretaria de Relações do Trabalho, do Ministério do Planejamento
Foto: Agência Brasil

Depois de 79 dias de greve, os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) retornaram hoje ao trabalho. Pela manhã, foram assinados dois acordos entre a direção do instituto e representantes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge).

Um se refere à criação de grupos de trabalho, acertados na semana passada, para gerar uma proposta de plano de carreira a ser analisada pelo próximo governo e para discutir a proporção de trabalhadores temporários no instituto.

O outro diz respeito ao acerto feito na reunião da última sexta-feira, pelo qual o IBGE concorda em pagar os salários descontados desde o início da greve e os funcionários se comprometem a repor os dias não trabalhados. Este acordo também será assinado pela Secretaria de Relações do Trabalho, do Ministério do Planejamento.

De acordo com a diretora do sindicato Suzana Lage Drummond, a categoria recuou diante da  “postura extremamente arbitrária” da direção do IBGE. “Considerando que a nossa greve já estava com 79 dias e que nós estávamos já com os salários cortados de maio e junho, e iriam efetuar o próximo corte do salário; considerando a liminar para tentar multar o nosso sindicato em R$ 200 mil; considerando as demissões dos trabalhadores temporários e que ameaçavam demitir mais trabalhadores ainda; e com o direito de greve sendo questionado, o que é bastante dramático; nós resolvemos recuar”, explicou.

Foram feitas assembleias regionais ontem e anteontem, com o indicativo de retomar ao trabalho, o que foi aprovado. Suzana afirma que a categoria continua mobilizada: “Nós seguiremos na luta pela democratização do IBGE, por um modelo coletivo de gestão, e não calcado em um modelo gerencialista, centrado em modelos de competição, de prática de assédio moral sobre as pessoas, unilateral”.

De acordo com o IBGE, ainda não há previsão de quando será divulgado um balanço das pesquisas prejudicadas pela greve. Mas, conforme informou na semana passada a presidenta do instituto, Wasmália Bivar, as que estão mais atrasadas são a Pesquisa Mensal de Emprego - nas regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre - e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua em seis estados. As pesquisas conjunturais do IBGE não deixaram de ser feitas.

Agência Brasil Agência Brasil
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