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STF obriga governo a adotar medidas de proteção a indígenas

5 ago 2020 - 17h35
(atualizado às 17h48)
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O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quarta-feira liminar que obriga o governo Jair Bolsonaro a adotar uma série de medidas de contenção do avanço da pandemia do novo coronavírus nas aldeias indígenas.

Índios ianomâmis com máscaras de proteção facial em instalação do Exército em Roraima
01/07/2020
REUTERS/Adriano Machado
Índios ianomâmis com máscaras de proteção facial em instalação do Exército em Roraima 01/07/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A maioria dos ministros que votaram seguiu o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que havia determinado que a União formulasse em um prazo de 30 dias um plano de enfrentamento da covid-19 para os indígenas.

Barroso também tinha determinado que o governo elaborasse políticas para criar barreiras sanitárias, realize uma contenção e isolamento de invasores em terras indígenas, além de instalar uma sala de situação para o combate à pandemia em territórios indígenas.

Ministros aproveitaram o julgamento para fazer críticas à gestão do governo no combate à covid-19.

Somente o ministro Edson Fachin divergiu do entendimento. Ele havia proposto uma atuação até mais dura, uma retirada urgente de invasores das terras indígenas coordenada pelo Executivo Federal.

O processo foi movido pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e seis partidos políticos pedindo medidas legais imediatas pelo risco real de genocídio da população indígena.

Segundo a Apib, 633 índios já morreram de covid-19 no Brasil, com 22.325 casos confirmados até o momento.

Nesta quinta-feira, o cacique Aritana Yawalapiti, de 71 anos, um dos principais líderes indígenas do Alto Xingu, morreu vítima de Covid-19, depois de duas semanas internado em um hospital de Goiânia.

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