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Servidores do INSS em SP e RJ decidem continuar em greve

Categoria reivindica reajuste de 27,6%, enquanto governo propõem 21,3% em quatro anos

24 jul 2015 - 19h44
(atualizado às 19h49)
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Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em São Paulo e Rio de Janeiro decidiram continuar em greve, em assembléia realizada na tarde de desta sexta-feira (24), nas sedes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência (Sinsprev) de cada Estado. Em greve desde o dia 7 de julho, eles reivindicam reajuste de 27,6%, política salarial permanente, paridade salarial entre funcionários na ativa e aposentados e concurso público para reposição do quadro de servidores, entre outras reivindicações.

Posto do INSS na República, em São Paulo (SP), permanece fechado
Posto do INSS na República, em São Paulo (SP), permanece fechado
Foto: Robson Souza / Futura Press

“Aprovamos a continuidade da greve, por tempo indeterminado. Não tivemos nenhuma proposta concreta do governo para avaliar. Reconhecemos que houve abertura nas negociações, mas o governo ainda não apresentou nenhuma proposta concreta”, disse Tiago Alves Dias, diretor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev).

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Os servidores já tinham rejeitado, na sexta-feira passada (17), a proposta de reajuste de 21,3%, dividido em quatro anos. A categoria reivindica reajuste de 27,6% em uma única parcela.

Em São Paulo, uma nova assembleia foi marcada para a tarde da próxima sexta-feira (31). Na quarta-feira (29) haverá um ato unificado dos servidores federais em greve no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a partir das 14h30.

No último balanço, divulgado na noite de ontem (23), o INSS informou que, das 264 agências do órgão no Estado de São Paulo, 26 estão paralisadas e 122 funcionam de forma parcial. Mas o sindicato apresentou números diferentes. Segundo Dias, a adesão à greve alcançou 70% das agências em todo o estado de São Paulo e, nacionalmente, esse número chega a 80%.

O INSS informou que os segurados que possuam agendamento para atendimento em agência da Previdência Social e que não conseguirem ser atendidos por causa da paralisação terão sua data de atendimento remarcada. O reagendamento, segundo o instituto, será realizado pela própria agência e o segurado poderá confirmar a nova data ligando para a Central 135 no dia seguinte à data originalmente marcada para o atendimento.

O INSS também informou que vai considerar a data originalmente agendada como a data de entrada do requerimento para evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados.

Pouca adesão no Rio de Janeiro 

Para o diretor do Sindsprev-Rj, Rolando Medeiros, o Estado do Rio de Janeiro ainda não está respondendo à altura da greve nacional, e “nós precisamos da ajuda de todos os companheiros para construir uma greve forte e consolidada”.

A diretora do sindicato Janira Rocha considera que a greve nacional está muito forte e que a greve do Estado precisa ser fortalecida. Para ela, falta mais mobilização dos servidores. “Para conseguirmos nossos objetivos, a greve precisa ter organização, unidade e mobilização. Mas nós ainda não estamos mobilizados”, ponderou.

O dirigente sindical Luiz Fernando Carvalho acredita que o caminho esteja na unificação de lutas das categorias. “É fundamental unificar as categorias em luta e os comandos de greve, ainda que as reivindicações sejam diferentes. O nosso caminho é a unificação”, destacou.

Agência Brasil Agência Brasil
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