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Putin envia à Câmara anistia que pode beneficiar brasileira do Greenpeace

9 dez 2013 - 20h24
(atualizado às 20h30)
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O presidente russo, Vladimir Putin, remeteu nesta segunda-feira à Câmara dos Deputados uma anistia geral que poderia beneficiar alguns opositores - entre eles a ativista brasileira do Greenpeace, a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, 31 anos, e as duas jovens condenadas do grupo punk Pussy Riot.

Segundo o Kremlin, o projeto de anistia por ocasião do 20º aniversário da Constituição russa se propõe a libertar os condenados socialmente mais desfavorecidos e aqueles presos que tenham apresentado uma destacada contribuição ao país.

Entre essas categorias, estariam os condenados por delitos cometidos quando eram menores de 18 anos, as grávidas, as mulheres com filhos e as maiores de 55 anos, os homens que tenham superado os 60 anos e os inválidos de certas categorias.

Além disso, também figurariam aqueles que participaram da liquidação da sequelas da catástrofe nuclear de Chernobyl (1986), os militares e soldados do Ministério do Interior, além dos veteranos de guerra.

A anistia beneficiará unicamente os que tenham sido sentenciados a penas de não mais de cinco anos de prisão, com exceção dos menores de 18 anos que tenham delinquido antes de completar 16 anos, segundo as agências russas.

Além disso, também não serão anistiados aqueles que tenham cometido delitos que incluam o uso da força, delitos de sangue ou crimes que representassem uma ameaça para a sociedade.

Segundo Vladimir Vasiliev, vice-presidente da Câmara e dirigente do partido governista Rússia Unida, no total serão anistiadas 25 mil pessoas e não as 100 mil das quais o Comitê de Direitos Humanos adjunto ao Kremlin falou em um primeiro momento.

Segundo o site do jornal Izvestia, a anistia poderia beneficiar Nadezha Tolokonnikova e María Aliojina, as duas jovens da banda Pussy Riot condenadas a dois anos de prisão por sua "prece punk" no maior templo ortodoxo do país, já que ambas têm filhos menores de 18 anos.

A anistia também contempla a libertação dos acusados de vandalismo, em virtude do artigo 213 do código penal, entre os quais figurariam oito dos opositores processados por participar dos distúrbios antigovernamentais de 6 de maio de 2012.

Também figurariam nessa categoria os 30 tripulantes do navio quebra-gelo do Greenpeace "Arctic Sunrise", que foram postos em liberdade pagando uma fiança, mas que não podem abandonar Rússia até a conclusão do processo judicial, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel.

EFE   
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