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Presidente terá Congresso mais fragmentado da história

30 partidos conquistaram assentos na Câmara dos Deputados

8 out 2018 - 10h03
(atualizado às 10h29)
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Os dois partidos que chegaram ao segundo turno das eleições presidenciais, PSL (Jair Bolsonaro) e PT (Fernando Haddad), também terão as maiores bancadas na Câmara dos Deputados.

Eleitor vota em comunidade rural em Amazonas, norte do Brasil
Eleitor vota em comunidade rural em Amazonas, norte do Brasil
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Surfando na "onda Bolsonaro", o Partido Social Liberal saltou de um assento em 2014 para 52 em 2018 e ficará atrás apenas do Partido dos Trabalhadores, que perdeu 13 cadeiras e terá 56 a partir de 2019. A terceira bancada será do PP, com 37 deputados (-1).

Sócios no governo Temer, MDB (-31) e PSDB (-25) foram os que mais perderam vagas na Câmara. A legenda do presidente da República terá a quarta maior bancada, mas os tucanos despencaram para nono lugar, com 29 eleitos, empatados com o DEM (+8).

O PDT também aproveitou o bom desempenho de Ciro Gomes na disputa presidencial e fez 28 deputados (+9), com a 11º maior bancada. Outros partidos que conseguiram aumentar suas bancadas são PRB, com 30 (+9); Podemos, com 11 (+7), Avante, com sete (+6); Psol, com 10 (+5); e Patriota, com cinco (+3).

PPL (um), PRP (quatro) e PHS (seis) elegeram um deputado a mais do que em 2014, enquanto o PTC e o PMN mantiveram suas duas cadeiras cada um. O PRTB, da coligação de Bolsonaro, perdeu seu único assento na Câmara, enquanto DC (um), PCdoB (nove) e PR (33) terão uma cadeira a menos. O estreante Novo, por sua vez, conseguiu fazer oito deputados.

Em 2019, a Câmara dos Deputados terá 30 partidos representados, cinco a mais do que os atuais 25 e um recorde desde a redemocratização, o que deve tornar mais difícil a vida do futuro presidente da República no Congresso.

A composição, no entanto, deve sofrer alterações por causa da cláusula de barreira, que impedirá o acesso ao fundo partidário e à propaganda em rádio e TV a legendas que não atingiram 1,5% dos votos válidos para a Câmara, com mínimo de 1% em pelo menos nove estados, ou elegeram nove deputados, também em nove estados diferentes.

Dos 30 partidos que conquistaram assentos na Câmara, 11 não conseguiram cumprir nenhum dos dois critérios, o que pode levar a fusões dentro do Congresso.

Senado

O mesmo cenário de fragmentação acontece no Senado, que terá 21 partidos a partir do ano que vem, sendo que 20 deles conseguiram eleger parlamentares no último domingo (7), quando estavam em jogo dois terços das vagas da Casa.

O MDB foi a legenda que mais fez senadores, com sete, à frente da Rede e do PP, com cinco cada. Outros cinco partidos elegeram quatro representantes cada um: PT, PSDB, PSD, DEM e PSL. Já PDT, PHS, PPS, PSB e PTB garantiram dois assentos.

Por fim, sete siglas (Podemos, PR, PRB, Pros, PRP, PSC e SD) elegeram um senador cada um. Com esses resultados, o MDB manterá a maior bancada do Senado, com 12 assentos, à frente de PSDB (nove), PSD (sete), DEM (seis) e PT (seis).

Ansa - Brasil   
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