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Porto Alegre ainda tem transtornos após "temporal-furacão"

Os estragos causados pelo temporal que atingiu Porto Alegre equivalem a danos de um furacão categoria 1. Os ventos chegaram a 119,5 km/h

2 fev 2016 - 14h40
(atualizado às 15h58)
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Prefeitura e Exército atuam na remoção de árvores nas vias da cidade
Prefeitura e Exército atuam na remoção de árvores nas vias da cidade
Foto: Ivo Gonçalves/PMPA

Até o fim da manhã desta terça-feira (2), pelo menos 30 ruas de Porto Alegre estavam total ou parcialmente bloqueadas por quedas de árvores e 28 semáforos, sem energia. Mesmo em dia de feriado municipal, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) mobilizou 116 funcionários para trabalhar na recuperação dos danos causados pelo temporal da última sexta-feira (29) e também na orientação do trânsito durante as festividades da Procissão de Navegantes, na zona norte da capital gaúcha.

Após o desbloqueio das ruas, os funcionários devem concentrar os trabalhos na recuperação dos parques e das praças da cidade, que ainda estão devastados pelo vendaval. Por isso, a EPTC pede que esses locais sejam evitados pelo público por questões de segurança.

Dos mais de 300 mil consumidores que ficaram sem energia elétrica em Porto Alegre após a tempestade, restam agora pouco mais de 5 mil. A maioria concentra-se em quatro bairros da região central da cidade: Menino Deus, Azenha, Cidade Baixa e Petrópolis. Segundo a Companhia Estadual de Energia Elétrica, podem ocorrer desligamentos de energia de curta duração, mesmo em locais onde o abastecimento elétrico está normalizado, para que as equipes que estão nas ruas consigam restabelecer a energia com segurança. A companhia estima que o serviço deverá ser normalizado até amanhã (3).

Este também é o prazo estimado para a normalização do abastecimento de água na cidade. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) estima que a água ainda não chegou em menos de 10% das residências, a maioria localizada nos pontos mais altos de Porto Alegre. Com o retorno da água à população, o consumo aumentou nos pontos mais baixos da cidade, onde chega com mais facilidade. Por isso, segundo o Dmae, o nível dos reservatórios oscila, e o bombeamento da água para as regiões mais altas fica comprometido.

Outra dificuldade para a normalização do abastecimento são os bolsões de ar que se formaram em vários pontos da rede, já que os canos estavam vazios. Essas formações impedem a água de chegar em alguns locais da cidade. Para localizar e eliminar esses bolsões, o Dmae precisa que os próprios moradores informem as interrupções no abastecimento de água.

A tempestade da última sexta-feira foi a mais forte registrada nas últimas décadas em Porto Alegre e foi causada pelo forte calor que os termômetros marcaram naquele dia (39,3 ºC), segundo o Sistema de Vigilância Meteorológica. Os ventos atingiram 119,5 quilômetros por hora.

Teto de shopping de Porto Alegre cai com ventos de 100km/h:
Foto: Felipe Oliveira / Divulgação
Agência Brasil Agência Brasil
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