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Populismo e autoritarismo ameaçam a democracia, diz Barroso

Presidente do TSE tem sido alvo de ataques de Bolsonaro, que alega - sem apresentar provas - que as urnas são passíveis de fraudes

15 set 2021 - 12h21
(atualizado às 12h31)
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Luís Roberto Barroso
REUTERS/Ueslei Marcelino
Luís Roberto Barroso REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira, 15, que o populismo, o extremismo e o autoritarismo colocam atualmente a democracia sob ataque no mundo e que é necessária a participação de toda a população para preservá-la.

Em vídeo divulgado nas redes sociais para marcar o Dia da Democracia, Barroso disse que este sistema é o melhor, mas não o mais fácil.

"A democracia constitucional foi a ideologia vitoriosa do Século 20, tendo derrotado todos os projetos alternativos que se apresentaram, o comunismo, o fascismo, o nazismo, os regimes militares e os fundamentalismos religiosos", disse o presidente do TSE, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

"A democracia é considerada universalmente o melhor regime de governo. O melhor, mas não necessariamente o mais fácil, porque a democracia envolve pluralismo e a diversidade de visões de mundo e, consequentemente, respeito às opiniões contrárias", acrescentou.

Barroso, que na semana passada fez um discurso duro em resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro no 7 de Setembro, voltou a apontar ameaças à democracia e a defender a necessidade de todos os cidadãos atuarem na sua preservação.

"No mundo de hoje ela se encontra sob ataque, em razão de disfunções como o populismo, o extremismo e o autoritarismo. Sua preservação depende de instituições fortes, sociedade civil mobilizada, imprensa livre. A democracia depende de cada um de nós. Seja parte dessa história", afirmou.

O presidente do TSE tem sido alvo de ataques constantes de Bolsonaro, que alega - sem apresentar provas - que o sistema eletrônico de votação é passível de fraudes que, segundo ele, ocorreram inclusive na eleição de 2018, quando foi eleito. O presidente alega, sem qualquer fundamento, que deveria ter vencido o pleito no primeiro turno.

Mais cedo, a entidade de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, afirmou em relatório também para marcar o Dia da Democracia, que Bolsonaro ameaça os pilares da democracia brasileira com seus constantes ataques ao STF e suas ameaças de ruptura institucional e de não realização de eleições no ano que vem.

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