Zanin refuta tese que costumava evocar quando era advogado de Lula
Ministro acusou Lava Jato da mesma prática alegada pela defesa dos réus da trama golpista
O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), refutou nesta quinta-feira, 11, um argumento das defesas dos réus sobre a trama golpista do qual costumava lançar mão quando ele mesmo era advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Todos os documentos que foram carreados aos autos pela Polícia Federal foram disponibilizados à defesa em link específico. O fato de ser um material amplo, na verdade, não pode configurar cerceamento de defesa, porque as defesas receberam o material para fazer a análise que entendiam ser cabíveis", declarou.
Em aparte, o ministro Alexandre de Moraes disse que os documentos ficaram disponíveis às defesas por quatro meses, mas não foram utilizados nas alegações finais dos advogados.
Segundo a defesa de Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República praticou "document dump" na denúncia contra os réus de forma deliberada para prejudicar o exercício da defesa. A equipe de Celso Vilardi contou 81 mil páginas em provas anexas à denúncia. Os advogados alegaram que a denúncia não traz referência organizada a esses documentos.