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Política

União Brasil e PP anunciam desembarque oficial do governo e ameaçam com punição a quem não sair

Pronunciamento foi feito por Antonio de Rueda na tarde desta terça-feira, 2

2 set 2025 - 16h06
(atualizado às 18h41)
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BRASÍLIA - O União Brasil e o PP, agora unidos na federação União Progressista, anunciaram, nesta terça-feira, 2, o desembarque oficial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A saída, segundo líderes, deverá ser feita imediatamente. "Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal. Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto. Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes", anunciou a federação.

Ciro Nogueira e Antônio Rueda presidentes, respectivamente, do PP e do União Brasil, desejam sair do governo Lula.
Ciro Nogueira e Antônio Rueda presidentes, respectivamente, do PP e do União Brasil, desejam sair do governo Lula.
Foto: PP/Divulgação / Estadão

O principal dilema está entre os ministros. Correligionários tanto do PP como do União dizem que eles resistem a entregar a pasta.

Neste momento, o União tem o controle de três pastas - Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Regional) na Esplanada dos Ministérios e o PP tem uma - André Fufuca (Esporte).

Parlamentares do União argumentam que, na verdade, o partido encabeça apenas um ministério, com Sabino, enquanto as outras indicações teriam partido pessoalmente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Sabino cogita, inclusive, pedir licença ou sair do União Brasil para preservar o cargo de ministro do Turismo.

Tanto PP e União já vem ensaiando essa saída do governo há algum tempo. Em ato que selou a aliança dos dois partidos, no meio de agosto, lideranças de ambas as siglas fizeram críticas a Lula, causando constrangimento a Fufuca, que esteve presente.

A nível pessoal, o próprio Fufuca disse que está com Lula. "Meu voto pessoal é dele(Lula)", disse o ministro naquele dia.

Como noticiou a Coluna do Estadão, Ciro e Rueda já negociam com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a anistia e eleições de 2026.

Alguns parlamentares não consideram a mensagem de Rueda como um ultimato. Ainda há integrantes dos partidos que desejam permanecer com o governo e ainda caberá aos diretórios estaduais fazer suas análises.

É o caso do Ceará, por exemplo. "Alguns parlamentares querem continuar na base do governo e outros querem ficar na oposição. O presidente do União Brasil é o Capitão Wagner, o do PP é o AJ Albuquerque. Vamos sentar e analisar esse cenário para 2026", afirma o deputado Moses Rodrigues (União-CE).

A oposição celebrou a decisão do PP e do União. "A oposição manifesta seu integral apoio e agradece a essa decisão, que fortalece a luta por um Brasil livre da corrupção, do autoritarismo e da incompetência. Trata-se de um passo acertado, que renova a esperança de milhões de brasileiros em um futuro de mais justiça, prosperidade e democracia", disse Zucco, líder da oposição da Câmara.

Já Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais do governo Lula, disse que respeita a decisão e disse que o compromisso com Lula vale inclusive para quem tem posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais.

"Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP. Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair.Mas quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende, como justiça tributária, a democracia e o estado de direito, nossa soberania", afirmou. "Precisam trabalhar conosco para aprovação das pautas do governo no Congresso Nacional.Isso vale para quem tem mandato e para quem não tem mandato, inclusive para aqueles que indicam pessoas para posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais."

Estadão
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