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Política

TSE premia hackers que tentaram invadir urna eletrônica

20 nov 2009 - 11h16
(atualizado às 11h19)
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Keila Santana
Direto de Brasília

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu nesta sexta-feira a escolha dos hackers que serão premiados após tentarem burlar o sistema de votação que será utilizado nas eleições de 2010. Ninguém conseguiu afetar a segurança das urnas eletrônicas, mas foram premiadas justamente as ideias mais ousadas para tentar quebrar os protocolos eletrônicos do TSE.

O tribunal vai utilizar as propostas dos vencedores para aprimorar a segurança das urnas. Em primeiro lugar ficou o analista de sistemas Sérgio Freitas da Silva, que tentou quebrar o sigilo dos votos por meio de ondas eletromagnéticas, com um pequeno rádio transmissor. O hacker disse que apenas se o equipamento ficasse muito perto da urna eletrônica poderia prejudicar o funcionamento, mas ainda assim sem conseguir decodificar os dados. Silva recebeu prêmio de R$ 5 mil. O segundo e o terceiro lugar foram premiados com R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente para Fernando Andrade Martins de Araújo, da equipe da Controladoria-Geral da União, e Antonio Gil Borges de Barros, da equipe da empresa Cáritas Informática.

O vice-presidente do tribunal, ministro Ricardo Lewandowski, apresentou o relatório geral dos testes públicos de segurança e disse que o sistema está protegido contra eventuais violações ou fraudes. "Nós queremos tirar a prova dos nove, queremos mostrar para a sociedade que nossas urnas são confiáveis para o qual foram propostas, porque a sociedade agora fiscaliza não apenas a eleição, mas também toda a metodologia de apuração dos votos que ela deposita nas urnas", afirmou.

Foi a primeira vez que o tribunal convidou pessoas externas ao processo para testar a confiabilidade do sistema eletrônico. Os testes foram realizados entre os dias 10 e 13 de novembro. O pedido para o teste público foi feito inicialmente por dois partidos, PT e PDT, que foi levado ao Plenário do TSE e aprovado. As legendas, no entanto, desistiram do pedido, mas o procurador geral eleitoral assumiu a iniciativa e o tribunal levou a proposta adiante.

Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, o teste comprovou que não há motivos para questionamentos sobre o sigilo do voto nas eleições de 2010, nem nos pleitos anteriores. "A Justiça Eleitoral sempre teve muita certeza da eficácia e da operacionalidade das urnas eletrônicas, mas havia certa dúvida por parte de alguns setores com relação à confiabilidade de urnas que agora foram dirimidas", disse Lewandowski.

Fonte: Terra
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