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Política

Temer diz que País não deve discutir sobre "golpismo"

Em visita à Câmara dos Deputados, vice-presidente foi questionado sobre fala de Dilma Rousseff

8 jul 2015 - 12h05
(atualizado às 12h32)
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O presidente em exercício, Michel Temer, durante reunião com a base aliada do governo
O presidente em exercício, Michel Temer, durante reunião com a base aliada do governo
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), disse nesta quarta-feira que o Brasil não deve discutir “golpismo”. Articulador político do governo federal, o peemedebista foi questionado se concordava com a tese da presidente Dilma Rousseff de que há setores golpistas na oposição.

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“Sabe que não devemos discutir esse tema? Eu penso que devemos pensar no Brasil. Eu penso que situação e oposição ... e a oposição existe para a ajudar a governar, nós temos que pensar no Brasil, fazer uma grande unidade nacional”, disse, ao ser questionado se concordava com a fala de Dilma, em entrevista na Câmara dos Deputados. “Mais do que nunca é necessário pensamento conjugado dos vários setores, dos vários partidos políticos. Essas discussões acho que não valem a pena levar em diante. ”

Após a fala de Dilma, em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo, oposicionistas criticaram a petista por supostamente tentar inibir a ação de instituições, no momento em que as contas do governo passam por análise no Tribunal de Contas da União. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também analisa irregularidades na prestação de contas da campanha da petista.

Temer assumiu o exercício da Presidência com a viagem de Dilma para a cúpula do Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na cidade russa de Ufa. Em sua primeira agenda, o peemedebista participou de uma sessão solene na Câmara em homenagem ao ex-presidente da Casa Paes de Andrade, que morreu no mês passado.

O vice-presidente foi recebido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que na semana passada viu “sabotagem” do PT na sua atuação na articulação política. Depois de discursar da tribuna do plenário, Temer negou que exista uma pressão de setores de seu partido para deixar a função. “Não há, não.”

Ao comentar os números da inflação, reconheceu que o País passa por dificuldades. E destacou a importância do Congresso na tentativa de reverter o cenário.

Nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação acumula 8,89% no período de 12 meses até junho, o maior patamar desde 2003.

“Por isso que o governo está cuidando com o auxílio do Congresso de fazer um ajuste fiscal e econômico, ninguém ignora que há dificuldades, transitórias, em relação à economia. Mas essas medidas que estão sendo tomadas, pelo Executivo, com apoio explícito do Congresso Nacional, é que reverterão essa tendência”, disse. “O governo espera que em breve tempo essa reversão se verifique.”

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Fonte: Terra
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