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Política

Renan indica nomes da oposição para CPI da Petrobras

Ciro Miranda e Wilder Morais serão membros titulares do colegiado. Lúcia Vânia protestou e teve indicação retirada.

13 mai 2014 - 16h42
(atualizado às 20h02)
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Renan, ao lado da senadora Ana Amélia Lemos
Renan, ao lado da senadora Ana Amélia Lemos
Foto: José Cruz / Agência Brasil
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou nesta terça-feira os três nomes da oposição que farão parte da CPI da Petrobras no Senado. Em rápido pronunciamento no plenário, Calheiros anunciou que os senadores Ciro Miranda (PSDB-GO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO) seriam os representantes no colegiado que deverá investigar escândalos relacionados à estatal, como a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

"A partir de amanhã, quando esses nomes serão publicados, podemos ter a imediata instalação. A reunião será convocada pelo mais idoso”, disse Calheiros, acrescentando que os senadores Jayme Campos (DEM-MT) e Vicentinho Alves (SDD-TO) serão os suplentes.

Minutos após o anúncio, a senadora Lúcia Vânia pediu a palavra e afirmou que a decisão de Calheiros era um desrespeito aos eleitores de Goiás, uma vez que toda a bancada do Estado havia sido indicada pelo presidente do Senado. Na opinião da senadora, o colegiado já nasce com a intenção de não investigar nenhuma das denúncias.

"Meu partido tem uma decisão tomada. Não vai gastar energia alguma na CPI do Senado. A comissão precisa trabalhar sob o combustível da isenção e essa isenção só será garantida na CPI mista da Petrobras", disse a senadora goiana.

Os líderes do PSDB e do DEM resistiam em nomear seus representantes por não concordarem com a criação de duas CPIs sobre o mesmo assunto no Congresso — uma no Senado e outra mista, com a participação de deputados e senadores. Após a reclamação de Lúcia Vânia, Renan Calheiros anunciou que retiraria a indicação da senadora e anunciaria um novo nome até o fim do dia.

Criada no início de abril, a CPI da Petrobras no Senado não saiu do papel até hoje pela briga política entre oposição e governistas. Os partidos da base aliada, interessados em manter as investigações restritas ao Senado, onde o governo conta com maioria mais folgada, já indicaram dez dos treze membros que comporão o colegiado. 

O regimento do Senado determina que, no caso de algum partido não indicar seus integrantes para a CPI, o presidente da Casa tem a obrigação de fazê-lo. O prazo máximo de três sessões plenárias termina nesta terça-feira e a efetiva instalação da comissão poderá ser feita amanhã.

Ainda pelo regimento, a convocação da primeira reunião deve ser feita pelo seu membro mais idoso. Dos dez nomes já indicados pelos partidos aliados, o mais idoso é o peemedebista João Alberto Souza (PA), segundo informou mais cedo o líder do partido, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

"O PMDB vai indicar os nomes e vai inclusive pedir ao mais velho que vai presidir, que será o senador João Alberto, caso a oposição não indique um mais velho, para que essa CPI seja instalada amanhã, se depender do PMDB", afirmou o líder do PMDB.

Por terem as maiores bancadas da Casa, PMDB e PT ocuparão os principais assentos da comissão. O PMDB deverá indicar Vital do Rêgo (PMDB-PB) para a relatoria e o PT poderá apontar José Pimentel (PT-CE) para a presidência.

Fonte: Terra
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