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Política

PPS pede que PGR apure gastos de Dilma em Portugal

27 jan 2014 - 19h34
(atualizado às 19h36)
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O PPS afirmou nesta segunda-feira, em nota, que pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de um inquérito civil público para investigar a escala técnica da comitiva da presidente Dilma Rousseff, em Lisboa, no sábado. De acordo com o partido, a parada não fazia parte da agenda oficial e teria custado somente em diária para Dilma em um hotel de luxo o equivalente a R$ 26 mil.

Na representação, assinada pelo líder do partido na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), a legenda diz que a despesa foi “desnecessária e divorciada do interesse público, o que poderia caracterizar, pelo menos em teste, ato de improbidade administrativa”. “É um gasto desnecessário com hotéis e restaurante luxuosos num momento em que o País sofre com a volta da inflação, a elevação dos juros, a desconfiança interna e externa e um crescimento econômico medíocre”, disse Bueno.

O Palácio do Planalto afirmou em nota, no domingo, que a escala que a presidente fez em Lisboa foi obrigatória. A comitiva da presidente, que estava em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial, fez uma escala não prevista na agenda oficial em Portugal no sábado, quando seguia para um compromisso em Cuba.

Segundo o Planalto, o avião presidencial não tem autonomia para realizar um voo direto entre Zurique e Havana. Por isso, a escala em Lisboa foi "obrigatória". "A opção por Lisboa foi a mais adequada, já que se trata do aeroporto mais a oeste no continente europeu com possibilidades de escala técnica", diz o comunicado.

A nota diz ainda que a presidente chegou a Lisboa no sábado, às 17h30, e pernoitou na cidade, seguindo viagem na manhã seguinte. A decisão de fazer um voo diurno foi tomada pela Aeronáutica, afirma o Palácio do Planalto, a partir da avaliação das condições meteorológicas, que permitiram que o trecho Lisboa-Havana fosse coberto no domingo em noves horas 45 minutos.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que a presidente e sua comitiva ocuparam um total de 45 quartos em dois dos hotéis mais caros de Lisboa. A suíte de Dilma no hotel Ritz está tabelada em 8 mil euros (cerca de R$ 26 mil). O jornal afirma que cerca de R$ 70 mil foram gastos em hospedagem.

“O fato de não ter qualquer compromisso oficial em Lisboa não justifica esse gasto excessivo, o que exige a instauração de inquérito civil público para apurar se ele foi mesmo necessário”, afirmou Bueno. 

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Fonte: Terra
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