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Política

PF investiga monitoramento ilegal da Abin contra chefe de fiscalização do Ibama

Hugo Ferreira Loss coordenou operação de combate a garimpos em terras indígenas no Pará, e foi exonerado durante gestão Bolsonaro

26 out 2023 - 17h26
(atualizado às 17h45)
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PF investiga uso de software israelense para rastrear celulares de opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro
PF investiga uso de software israelense para rastrear celulares de opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução/WILTON JUNIOR

A Polícia Federal (PF) investiga se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou ilegalmente o servidor Hugo Ferreira Netto Loss, que liderou operações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra garimpeiros e madeireiros ilegais na Amazônia, durante a gestão de Jair Bolsonaro. Ele foi exonerado do cargo em abril de 2020.

A informação é do jornal O Globo. Hugo Ferreira era coordenador de Operações de Fiscalização do órgão ambiental e, segundo suspeitas da PF, foi uma das pessoas rastreadas pela Abin por meio do programa de espionagem FirstMile. 

Operação da PF descobriu que a agência usou a ferramenta para monitorar políticos, jornalistas, advogados e opositores do governo Bolsonaro. Em nota, a agência diz colaborar com as investigações e que o uso do sistema foi encerrado em maio de 2021.

Servidor de carreira do Ibama, Hugo Ferreira Netto Loss coordenou uma operação de combate a garimpos em terras indígenas no sul do Pará. Durante essas ações, os fiscais do órgão ambiental confiscaram e destruíram máquinas e equipamentos utilizados pelos criminosos.

Embora prevista na legislação, a prática de destruir equipamentos pelos fiscais era frequentemente criticada por Bolsonaro. Após uma operação em novembro de 2019, também no sul do Pará, o então presidente chegou a insinuar a um grupo de garimpeiros que tomaria medidas se essa prática persistisse.

Em nota, a atual direção do Ibama classificou como "muito grave" a informação que um de seus servidores, responsável por uma atividade típica de Estado, tenha sido monitorado ilegalmente. "Iremos aguardar a finalização das investigações e esperamos que eventuais culpados sejam condenados na forma da lei", afirmou o órgão ambiental.

Fonte: Redação Terra
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