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Política

Partido de Bolsonaro já tem quase 200 páginas nas redes

Excesso de perfis preocupa dirigentes do partido em formação, que pretendem criar canal de denúncias

12 dez 2019 - 10h52
(atualizado às 12h11)
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Embora o partido Aliança pelo Brasil, proposto pelo presidente Jair Bolsonaro, ainda não exista, já há, nas redes sociais, quase 200 páginas relacionadas à sigla em formação.

O presidente Jair Bolsonaro faz discurso na convenção de lançamento do Aliança Pelo Brasil
O presidente Jair Bolsonaro faz discurso na convenção de lançamento do Aliança Pelo Brasil
Foto: Reprodução/Facebook / Estadão Conteúdo

Levantamento feito pelo Estado encontrou 86 perfis no Instagram, 31 no Twitter e 76 páginas no Facebook usando o nome e o logo da legenda em criação. A maioria das páginas no Twitter e no Facebook foi criada após o anúncio do nome do partido, em novembro.

Algumas das páginas guardam registros que eram usados para comunicar, extraoficialmente, ações de diretórios municipais do PSL, partido do qual Bolsonaro se desfiliou. Ao menos dois terços dessas páginas não informam que não são oficiais.

O Aliança pelo Brasil dá sinais de estar ciente da profusão de contas não-oficiais. Há algumas semanas, nas três contas oficiais, orientações reforçam que apoiadores sigam e compartilhem conteúdos apenas dos perfis verificados.

Procurada, a direção do Aliança Pelo Brasil respondeu que "algumas poucas" páginas do levantamento do Estado já são de pessoas próximas ao núcleo do futuro partido. Não foi especificado quantas são essas páginas ou quais. No entanto, a profusão preocupa os administradores, que pretendem criar um canal de denúncias para derrubar posts com informações falsas.

A administração das redes do partido também afirmou que pretende entrar em contato com os administradores que estiverem apenas compartilhando conteúdo das redes oficiais para coletar assinaturas.

Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que é possível coletar assinaturas digitais para a criação de partidos. Por outro lado, exigiu que haja regulamentação e desenvolvimento dos dispositivo pela própria Corte, para verificar a autenticidade das assinaturas. Não há previsão de quando isso vai ocorrer.

Veja também:

PEC de Contenção de Gastos:
Estadão
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