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Política

MPF denuncia bolsonarista por ameaças contra Barroso 

Em seu canal do YouTube, Allan dos Santos chamou o presidente do TSE de "miliciano digital" e fez diversas ofensas nas redes sociais

18 ago 2021 - 09h59
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O blogueiro Allan dos Santos na CPI das Fake News
O blogueiro Allan dos Santos na CPI das Fake News
Foto: Roque de Sá - Agência Senado/ Flickr / Agência Senado

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou na terça-feira, 17, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos por crime de ameaça e incitação ao crime contra o ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o MPF, Allan dos Santos fez uso de seu canal no YouTube, Terça Livre, para "desafiar o magistrado a enfrentá-lo pessoalmente". 

"Allan assegurou na ocasião que seria capaz de fazer mal a Barroso se ambos tivessem contato fora dos meios digitais. Para o MPF, o caso superou os limites do razoável na livre expressão de pensamento e opinião e intimidou a vítima com a promessa de mal injusto", informa o órgão.

Em um vídeo veiculado no dia 24 de novembro de 2020, o influenciador bolsonarista chama Barroso de "miliciano digital" e dirigiu diversos xingamentos ao ministro: "Tira o digital, se você tem culhão! Tira a p**** do digital, e cresce! Dá nome aos bois! De uma vez por todas Barroso, vira homem! Tira a p**** do digital! E bota só terrorista! Pra você ver o que a gente faz com você. Tá na hora de falar grosso nessa p****!".

De acordo com a denúncia, as declarações de Allan “estão excluídas do âmbito de cobertura da liberdade de expressão, porquanto configuram proibições expressas dispostas no direito internacional dos direitos humanos”. 

Na ação enviada ao Juizado Especial Criminal Federal, o MPF reúne diversos tuítes e publicações veiculadas em plataformas de redes sociais. “Foi identificado um comportamento habitual e intencional do denunciado em proferir ameaças contra ministros do STF”, afirma o órgão, como “parte de uma campanha intencional e extensiva do denunciado para disseminar ódio contra os magistrados da Suprema Corte”.

Fonte: Redação Terra
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