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Política

Moraes manda AGU adotar providências para extradição de Zambelli

A deputada está detida em um presídio em Roma, na Itália

31 jul 2025 - 14h55
(atualizado às 18h39)
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Resumo
O ministro Alexandre de Moraes acionou a AGU para acompanhar o processo de extradição de Carla Zambelli, detida em Roma, enquanto a defesa alega perseguição política e o caso pode se estender por anos dependendo das decisões judiciais e administrativas na Itália.
Moraes manda AGU adotar providências para extradição de Zambelli:

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) nesta quinta-feira, 31, para que acompanhe e adote as providências possíveis para a realização do processo de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ela foi presa na última terça-feira, 29, em Roma, na Itália.

Antes mesmo da prisão de Zambelli, Moraes, que é relator do caso, já havia remetido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública os documentos necessários para solicitar a extradição da deputada, considerando que a mesma estava foragida no país europeu. 

Ao Terrao advogado Fábio Paggnozzi, que representa a parlamentar, disse que o processo para extradição de Zambelli pode durar até dois anos. A defesa diz que acompanha os trâmites da extradição e que espera a visita do primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini. Os advogados sustentam a tese que Zambelli sofre perseguição política no Brasil, argumento que deve ser levado à Corte italiana durante o processo.

Imagem de arquivo da deputada Carla Zambelli (PL-SP)
Imagem de arquivo da deputada Carla Zambelli (PL-SP)
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por falsidade ideológica e invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli passou a primeira noite detida em uma delegacia de Roma. Na sequência, as autoridades a transferiram para o presídio feminino de Rebibbia, localizado na periferia da cidade e considerado um dos maiores complexos penitenciários da Europa.

O Ministério da Justiça da Itália será o primeiro a avaliar o pedido de extradição. A pasta pode arquivar o caso ou manter a prisão provisória. Se optar pela continuidade do processo, a Corte de Apelação de Roma analisará os argumentos apresentados tanto pela Justiça italiana quanto pela defesa da deputada. A decisão ainda pode ser contestada na Corte de Cassação, a instância máxima do Judiciário italiano.

‘Se eu tiver que cumprir pena, vai ser na Itália’, diz Zambelli em vídeo publicado após prisão:

Mesmo com aval do Judiciário, o Ministério da Justiça italiano terá a palavra final. A pasta pode rejeitar a extradição por motivos políticos. O atual governo da primeira-ministra Giorgia Meloni tem afinidade ideológica com parte da base aliada de Zambelli, o que pode influenciar o desfecho do processo.

Carla Zambelli é presa na Itália após dois meses foragida; deputada foi condenada a 10 anos de prisão:

Caso a Justiça autorize a extradição, a defesa da deputada ainda poderá recorrer às instâncias administrativas, como o Tribunal Administrativo Regional e o Conselho de Estado.

Pela legislação brasileira, o plenário da Câmara dos Deputados deverá analisar um eventual processo de perda de mandato da parlamentar.

Fonte: Redação Terra
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