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Política

Moraes diz que ignorará sanções dos EUA, garante continuidade de julgamentos e manda recado a bolsonaristas

Ministro afirma que tribunal não reconhecerá medidas dos EUA e reitera compromisso com a Constituição diante de pressões e ameaças

1 ago 2025 - 12h23
(atualizado às 14h35)
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Moraes diz que irá ignorar sanções aplicadas pelos EUA e seguirá rito judicial:

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta quinta-feira ,1º, que a Corte não reconhecerá as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra ele nem as ameaças dirigidas a outros ministros e autoridades brasileiras. E, segundo o magistrado, todos os julgamentos serão mantidos. 

“As ações prosseguirão. O rito processual do Supremo Tribunal Federal não se adiantará, não se atrasará. O rito processual do Supremo Tribunal Federal irá ignorar as sanções praticadas. Este relator irá ignorar as sanções que foram praticadas e continuar trabalhando, como vem fazendo tanto no Plenário quanto na Primeira Turma, sempre de forma colegiada, diferentemente das mentiras, das inverdades, da desinformação das redes sociais. O devido processo legal no Supremo Tribunal Federal é sempre realizado pelo colegiado”, destacou o ministro.

Moraes afirmou que o Supremo Tribunal Federal deverá julgar e concluir no segundo semestre deste ano as ações penais relacionadas aos quatro núcleos investigados por tentativa de golpe de Estado. Entre os réus está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se condenado pode pegar até 43 anos de prisão. 

Mesmo sem citar diretamente Bolsonaro e os seus aliados, o ministro mandou um recado a “organização miliciana" que de maneira “covarde e traiçoeira” tem atuado para aplicar contra autoridades brasileiros os dispositivos da Lei Magnitsky --legislação dos Estados Unidos que permite sanções contra estrangeiros acusados de violações de direitos humanos ou corrupção.

Lobby que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comunicador Paulo Figueiredo --que, atualmente, vivem nos Estados Unidos-- têm espalhado bastante nas redes sociais.  

O STF realizou sessão extraordinária de abertura do segundo semestre
O STF realizou sessão extraordinária de abertura do segundo semestre
Foto: Rosinei Coutinho/STF

"Acham que estão lidando também com milicianos. Mas não estão. Estão lidando com ministros da Suprema Corte Brasileira", pontuou ele, que acrescentou que não irá ceder a “pseudopatriotas” que atuam por meio de “coação contra o STF com a finalidade de obter um súbito, inexiste e inconstitucional arquivamento de ações penais propostas pelo procurador-geral da República”.

Segundo Moraes, o STF continuará atuando normalmente diante de pressões. "Não haverá covarde rendição dos ministros da Suprema Corte Brasileira. Engana-se essa organização criminosa miliciana em esperar fraqueza institucional ou debilidade democrática", disse Moraes, que afirmou que o tribunal seguirá exercendo suas funções conforme previsto na Constituição. "Não aceitará coações, obstruções ou tentativas de novo golpe de Estado."

No decreto que oficializou a tarifa de 50% aos produtos brasileiros, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as "autoridades brasileiras também estão perseguindo o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro". "O Governo do Brasil acusou Bolsonaro injustamente de múltiplos crimes relacionados ao segundo turno de sua eleição em 2022, e o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu equivocadamente que Bolsonaro deve ser julgado por essas acusações criminais injustificadas", diz o documento. Argumentos similares ao adotado para a aplicação das sanções contra Moraes. 

Fonte: Redação Terra
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