Moraes abre nova investigação sobre suspeita de lucro com tarifaço de Trump
Decisão atende pedido da AGU e abre investigação sobre uso de informação privilegiada na véspera do anúncio de sanções dos EUA ao Brasil; caso tem conexão com inquérito que mira Eduardo Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira, 21, a abertura de uma petição sigilosa no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a suspeita de uso de informação privilegiada no mercado financeiro antes do anúncio das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil.
A decisão foi tomada após manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU), que apontou indícios de operações atípicas com dólares e possível envolvimento de agentes com acesso prévio às medidas.
O caso foi autuado como petição autônoma e sigilosa e, por prevenção, será relatado por Moraes - ministro responsável pelo inquérito que investiga o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por articulações com congressistas republicanos para pressionar o STF a anular a ação penal do golpe, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu.
No sábado, a AGU encaminhou ao Supremo uma manifestação relatando que investidores teriam obtido lucros de até 50% em poucas horas com operações de câmbio realizadas antes do anúncio oficial do tarifaço.
A suspeita, segundo o órgão, é de que informações sensíveis sobre a decisão de Trump tenham sido vazadas a terceiros com interesse direto no mercado financeiro.
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