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Política

Câmara cassa mandatos de Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Decisão foi tomada por conta de faltas de Eduardo e da condenação de Ramagem pelo STF

18 dez 2025 - 17h57
(atualizado às 19h21)
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BRASÍLIA - A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados cassou os mandatos dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). A informação foi confirmada ao Estadão/Broadcast por integrantes da direção da Casa legislativa e mais tarde oficializada em publicação do Diário Oficial da Câmara.

Mesa da Câmara decide cassar Eduardo Bolsonato e Alexandre Ramagem
Mesa da Câmara decide cassar Eduardo Bolsonato e Alexandre Ramagem
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Os dois deputados estão fora do País. Eduardo Bolsonaro está autoexilado nos Estados Unidos. Alexandre Ramagem, condenado pelo Supremo Tribunal Federal, está foragido, também nos EUA.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), manifestou contrariedade com a decisão. Ele relatou que às 16h40 recebeu uma ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicando a decisão da Mesa pela cassação dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sóstenes disse lamentar a medida e sustentou que ela "representa mais um passo no esvaziamento da soberania do Parlamento".

"Não se trata de um ato administrativo rotineiro. É uma decisão política que retira do plenário o direito de deliberar e transforma a Mesa em instrumento de validação automática de pressões externas. Quando mandatos são cassados sem o voto dos deputados, o Parlamento deixa de ser Poder e passa a ser tutelado", escreveu, no X.

O senador Flávio Bolsonaro também protestou. "É um erro retirar os mandatos dos deputados Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem! São perseguidos políticos! Não estão fora do Brasil porque querem, mas sim pelo bizarro sistema persecutório vigente no Brasil - que pode ser chamado de qualquer coisa, menos de democracia plena", escreveu em seu perfil em rede social.

De acordo com relatos, os membros da Mesa Diretora realizaram a votação nesta quinta-feira, 18, após a apresentação de dois relatórios favoráveis à cassação, de autoria do 1.º secretário, deputado Carlos Veras (PT-PE).

O petista fundamentou a defesa da cassação de Eduardo com base no número de faltas e de Ramagem à condenação pelo STF por tentativa de golpe de Estado. O ato que oficializou a decisão de cassação de Ramagem cita que ele não terá condições de comparecer às sessões da Câmara, numa referência à condenação do STF. Nesta quarta-feira, 17, o prazo para a apresentação das defesas dos dois parlamentares se encerrou.

Ramagem foi condenado pelo STF a 16 anos e um mês de reclusão por participação na trama golpista. Ele estava proibido de sair do País, mas fugiu para os EUA.

Com fundamentações diferentes para cassação, os desdobramentos políticos para os dois deputados será diferente. Eduardo Bolsonaro não fica inelegível por conta da decisão da Câmara. Já Ramagem, por ter sido condenado, está inelegível. Eduardo ainda responde a processo no STF e, caso condenado, também pode se tornar inelegível.

Alexandre Ramagem Rodrigues é ex-delegado da Polícia Federal e aliado histórico de Bolsonaro. A relação se consolidou na campanha de 2018, quando Ramagem foi designado para chefiar a segurança pessoal de Bolsonaro após o ex-presidente ser esfaqueado em Juiz de Fora (MG).

Estadão
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