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Chanceler de Israel volta a cobrar pedido de desculpas de Lula, diz que comparação com Hitler é "cuspe no rosto" de judeus

Tensão diplomática entre países vem escalando nos últimos dias

20 fev 2024 - 12h13
(atualizado às 13h53)
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Chanceler de Israel volta a cobrar pedido de desculpas de Lula, diz que comparação com Hitler é "cuspe no rosto" de judeus
Chanceler de Israel volta a cobrar pedido de desculpas de Lula, diz que comparação com Hitler é "cuspe no rosto" de judeus
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil / Estadão

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a cobrar nesta terça-feira um pedido de desculpas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua comparação da ofensiva israelense em Gaza com o Holocausto cometido contra judeus pelo regime nazista liderado por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. 

"Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler?", disse Katz em um publicação em português em sua conta no X.

O chanceler israelense ainda afirmou que a comparação feita por Lula foi "promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros".

 O que disse Lula?

As declarações do presidente Lua foram dadas em coletiva de imprensa na Etiópia, no domingo, 18, onde é realizado o encontro da cúpula da União Africana. O mandatário foi questionado sobre por que aumentaria a contribuição para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa), acusada por Israel de abrigar colaboradores do grupo fundamentalista Hamas. 

"É muito engraçado quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos. Eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual o tamanho do coração solidário dessa gente, que não está vendo que, na Faixa de Gaza, não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio", disse Lula.

Segundo o presidente, o conflito no enclave palestino não é "entre soldados", porém sim entre "um exército altamente preparado e mulheres e crianças".

"O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", acrescentou.

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