Hugo Motta diz que Câmara vai apurar 'eventuais excessos' contra jornalistas após retirada de Glauber Braga
Em nota, presidente da Casa afirmou que ouvirá profissionais da imprensa na apuração
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira, 11, que a Casa irá apurar possíveis abusos cometidos contra profissionais de imprensa durante a confusão que marcou a retirada à força do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) do plenário na última terça-feira, 9. Jornalistas presentes, que relataram empurrões, impedimento de circulação e restrição de acesso ao local.
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Motta lamentou "os transtornos causados aos profissionais de comunicação" e negou que tenha havido qualquer tentativa de limitar o trabalho da imprensa. Segundo ele, as denúncias apresentadas pelos repórteres serão incluídas na apuração interna aberta para avaliar a atuação dos policiais durante a retomada dos trabalhos.
"O presidente da Câmara, Hugo Motta, lamenta os transtornos causados aos profissionais de comunicação e reafirma que não houve intenção de limitar o exercício da atividade jornalística", afirmou a Casa em nota enviada ao Terra.
A confusão começou quando Glauber Braga ocupou a cadeira da presidência como forma de protesto diante da inclusão de seu processo de cassação na pauta. A Mesa Diretora determinou sua retirada, executada pela Polícia Legislativa. Durante a ação, a entrada de jornalistas no plenário foi bloqueada e a transmissão da TV Câmara chegou a ser interrompida. Em resposta às críticas, a Câmara justificou que tanto a suspensão do sinal quanto a retirada de pessoas do plenário seguem regras internas previstas em atos da própria instituição.
Motta ainda classificou como "inadequada" a postura de Braga durante a sessão, reforçando que a intervenção policial ocorreu após ordem formal da Mesa.