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Política

Doleiro diz que dinheiro foi entregue na Arena do Grêmio

Alberto Youssef detalhou esquema de remessas de dinheiro da empresa OAS para contas no exterior

13 fev 2015 - 10h51
(atualizado às 15h37)
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<p>Arena do Grêmio, em Porto Alegre</p>
Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Foto: Lucas Uebel / Getty Images

Ao detalhar um processo de lavagem de dinheiro do esquema investigado pela Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef disse que foram entregues remessas de dinheiro no escritório da empresa OAS junto à Arena do Grêmio, construída pela empreiteira em Porto Alegre. A afirmação serviu para Youssef tentar comprovar que a empresa sabia de suas operações ilegais em contas no exterior.

Segundo o depoimento prestado no dia 25 de novembro do ano passado e divulgado nessa quinta-feira, Youssef admitiu que operava um esquema de caixa dois para a OAS, com depósitos em contas da empresa Santa Tereza Service, de João Procópio, apontado como laranja do doleiro. A partir dessa conta, realizava transferência de valores para empresas de Leonardo Meirelles, antes de os valores retornar ao Brasil mediante operações de dólar-cabo.

O doleiro contou para a Polícia Federal que realizava depósitos no exterior a mando da OAS e que cobrava uma comissão de 3% pelas operações. Questionado se a empresa conhecia o esquema de caixa dois, Youssef disse que “afirma acreditar que sim”, “pois entregou valores que provinham do exterior nas sedes da OAS em Porto Alegre e Rio de Janeiro e também buscou valores na sede da empresa em São Paulo”. As entregas eram feitas por Adarico Negromonte e Rafael Angulo.

Questionado sobre siglas em uma tabela apreendida com José Ricardo Breghirolli, funcionário da OAS, Youssef identificou a sigla POA como a entrega de valores no escritório que a empresa mantinha junto à Arena do Grêmio. De acordo com o depoimento, ele entregou lá R$ 500 mil e R$ 66 mil e também fez repasses de valores similares em residências.

Procurada, a assessoria de imprensa da OAS se limitou a dizer que “refuta veementemente estas alegações”. 

Fonte: Terra
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