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Política

Defesa diz que eleições de 2022 é "página virada" para Bolsonaro e que ex-presidente repudiou atos

Declaração foi dada em coletiva da imprensa após a saída de Jair Bolsonaro da Polícia Federal nesta quarta-feira, 26

26 abr 2023 - 12h29
(atualizado às 12h35)
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Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
Foto: REUTERS/ Marco Bello

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que para o ex-presidente "é uma página virada as eleições de 2022 depois da derrota". Os advogados Paulo Amado da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser, que o representam, deram entrevista coletiva, juntamente com o ex-ministro e assessor do político Fabio Wajngarten, nesta quarta-feira, 26. A afirmação foi feita logo após Bolsonaro prestar depoimento à Polícia Federal (PF) em investigação sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Segundo Daniel Tesser, Bolsonaro respondeu todas as perguntas questionadas pela PF referente ao inquérito, que apura os atos golpistas de 8 de janeiro, e segue à disposição para prestar todos os esclarecimentos às autoridades.

Já Wajngarten afirmou que o ex-presidente aceitou o resultado das eleições do ano passado. "Ele considera a eleição uma página virada, desde o dia que foi derrotado".

Em seguida, o assessor do ex-presidente também afirmou que Bolsonaro reiterou, em seu depoimento, "a condenação dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília em 8 de janeiro", e alegou à imprensa que não houve questionamentos por parte da PF sobre a minuta golpista encontrada na casa de Anderson Torres.

Defesa alegou postagem com questionamento sobre urnas "acidental"

A defesa do ex-presidente também alega que uma postagem feita por Bolsonaro dia 10 de janeiro, na qual ele voltou a questionar as urnas eletrônicas e o resultado eleitoral, foi publicada de forma acidental.

“Tanto a postagem foi acidental, que ele não fez nenhum comentário em cima desse post e apagou logo na sequência. O presidente, quando saiu de férias, tratou a eleição como página virada. Em momento algum você vai encontrar alguma declaração dele falando que a eleição foi fraudada”, disse Paulo Bueno, um de seus advogados.

“A partir do momento da derrota ele fez uma transição e no dia 30 de dezembro deixou o País para as férias que não tirava a quatro anos”, acrescentou Daniel Tesser, que também representa Bolsonaro.

Wajngarten então classificou como lamentáveis os atos realizados em Brasília. “O presidente repudiou na noite do dia 8 todos os acontecimentos lamentáveis que aconteceram aqui em Brasília. Fim da eleição, o presidente virou a página política dele. Ele enfrentou um processo de erisipela severo. O presidente não recebeu pessoas no Palácio, não articulou politicamente, ele se fechou. E no dia 30 ele viajou para os Estados Unidos, onde permaneceu até o final de março”, disse ele.

Fonte: Redação Terra
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