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Política

Da cadeia, Cunha divulga carta pedindo voto à filha

Cunha está preso desde 2016, condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e evasão de divisas.

24 set 2018 - 18h00
(atualizado às 18h30)
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O ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ), que está preso em um complexo médico penal na região metropolitana de Curitiba (PR), divulgou nesta segunda-feira, 24, uma carta em que pede votos à filha, Danielle, que tenta uma vaga na Câmara este ano.

"Peço com muita súplica o seu voto, como se fosse em mim. Ela, além de ter herdado a minha fé, é mais preparada do que eu e tem os mesmos compromissos de defender as nossas bandeiras e combater o aborto", diz Cunha no texto, que foi divulgado pelas redes sociais do candidato. Danielle disputa o cargo pelo mesmo partido do pai.

Danielle Dytz Cunha trabalhou na campanha do pai para a presidência da Câmara. Agora preso, Eduardo Cunha aposta na filha para manter sobrenome no Congresso
Danielle Dytz Cunha trabalhou na campanha do pai para a presidência da Câmara. Agora preso, Eduardo Cunha aposta na filha para manter sobrenome no Congresso
Foto: Reprodução/Facebook / BBC News Brasil

No documento, Cunha volta a dizer que passa um calvário "por ter sido o responsável pelo impeachment da Dilma e a retirada do PT do Governo" e relembra sua atuação parlamentar em defesa de causas conservadoras e de interesses ligados a grupos evangélicos, como a renovação da concessão da Rádio Melodia, no Rio de Janeiro.

Cunha também dispara contra um antigo aliado, o deputado estadual Fabio Silva (MDB). O parlamentar é filho de Francisco Silva, falecido no ano passado e considerado o padrinho político de Cunha. "Apesar da ingratidão, oro a DEUS para que continue abençoando Fabio Silva, filho de Francisco Silva, e que ele possa se reeleger deputado estadual. Certamente ele vai lhe enviar uma carta pedindo voto para outro deputado federal, que deve estar financiando a sua campanha, o que eu não poderia fazer pela minha situação atual."

Cunha está preso desde 2016, condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e evasão de divisas. Após apelação, em novembro de 2017, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reduziu a pena do ex-deputado para 14 anos e 6 meses.

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