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Política

Bolsonaro volta a minimizar mortes por covid-19

Presidente foi questionado por apoiadora sobre óbitos e em resposta pediu que se retirasse: "Sai daqui"

10 jun 2020 - 09h43
(atualizado às 09h53)
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O presidente Jair Bolsonaro ignorou a manifestação de uma apoiadora e mandou a mulher se retirar após ser questionado sobre as cerca de 38 mil mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil, na manhã desta quarta-feira, 10, no Palácio da Alvorada. "Cobre do seu governador. Sai daqui", disse Bolsonaro. O presidente voltou a minimizar a pandemia e afirmou, em outro momento, que "mortes estão havendo no mundo todo, não apenas pela covid".

Presidente Jair Bolsonaro 
13/05/2020
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro 13/05/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Nós temos hoje 38 mil mortos por causa do covid. E, assim, não são 38 mil estatísticas, são 38 mil famílias que estão morrendo nesse momento, que estão chorando, o senhor, como chefe da nação, eu votei no senhor, fiz campanha para o senhor, acho até que o senhor me conhece. E eu sinto que o senhor traiu a nossa população", disse a mulher.

Em seguida, a apoiadora afirmou que a população está morrendo, mas Bolsonaro silencia, se afasta e outras pessoas começam a falar com ele. Diante da insistência, o presidente diz para a mulher parar de falar ou, então, sair do local. "Se você quiser falar, sai daqui, já foi ouvido. Cobre do seu governador. Sai daqui", ordenou o presidente.

O mandatário voltou a minimizar as mortes por coronavírus ao dizer que os óbitos acontecem no mundo todo, e não apenas pela covid-19. "Aquela figura falando abobrinha ali. Vem usar uma coisa séria, as mortes, para fazer demagogia aqui, todos nós respeitamos e temos compaixão pelo pessoal que perdeu um familiar, não importa a circunstância", disse.

"Mortes estão havendo no mundo todo, não é apenas a covid. Agora, querer culpar a mim... Tem muita gente morrendo de fome, depressão, suicídio, uma política feita apenas de um lado", finalizou Bolsonaro.

Estadão
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