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Política

Bolsonaro deve ignorar lista do MPF e reconduzir Aras na PGR

A lista apresentada por representantes do MPF é formada pelos subprocuradores Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino

2 jul 2021 - 18h33
(atualizado às 18h44)
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O presidente Jair Bolsonaro deve ignorar a lista tríplice de indicados para ocupar o cargo de procurador-geral da República e sinaliza a recondução do atual titular, Augusto Aras. A lista apresentada por representantes do Ministério Público Federal (MPF) é formada pelos subprocuradores Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. Eles passaram por eleição interna durante a qual sustentaram suas visões e defenderam propostas para o cargo.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta tentou convencer o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a indicar um dos nomes desta lista tríplice para o comando da PGR. O chefe do Executivo, no entanto, não se mostrou sensível aos argumentos e deve manter Aras, cujo mandato se encerra em setembro.

 Foto de arquivo de 2 de outubro de 2019 do presidente Jair Bolsonaro junto ao novo procurador-geral da República, Augusto Aras
Foto de arquivo de 2 de outubro de 2019 do presidente Jair Bolsonaro junto ao novo procurador-geral da República, Augusto Aras
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

"Reafirmamos nossa posição em defesa da escolha de um nome da lista por questão de transparência e democracia. Também lembramos que ele votou a favor da lista tríplice quando era parlamentar", disse Cazetta ao Broadcast Político. O encontro entre eles ocorreu nesta quinta-feira, 1, no Palácio do Planalto, para a entrega do ofício com os nomes dos três indicados pelo Ministério Público Federal.

Ao indicar Aras, em setembro de 2019, Bolsonaro rompeu com tradição iniciada em 2003 de escolher integrantes da lista tríplice do MPF.

Críticos do governo veem a nomeação de quadros de fora da lista como tentativa de controlar o Ministério Público, responsável por investigar eventuais irregularidades do Executivo. "É um cargo de fiscalização, não é feito para agradar", ressalta Cazetta.

Estadão
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