Apoiadores de Bolsonaro fazem buzinaço e se reúnem em frente ao condomínio do ex-presidente: 'O Brasil vai parar'
Protesto aconteceu na noite de segunda-feira, 4, após Moraes decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro
Apoiadores de Bolsonaro realizaram protesto com buzinaço em Brasília após Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar do ex-presidente, resultando em reforço da segurança nas áreas próximas ao STF.
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) saíram em carreata de carros e motos pelas ruas de Brasília e fizeram buzinaço na noite de segunda-feira, 4, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar do ex-presidente. Os manifestantes seguiram rumo ao condomínio da residência de Bolsonaro, aos gritos de "Fora, Xandão" e "Fora, Moraes".
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A casa do ex-chefe do Executivo fica no Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, região central de Brasília, a cerca de 20 minutos do Congresso Nacional.
Os apoiadores chegaram na frente do condomínio por volta das 23h. Com bandeiras do Brasil, cantaram o hino nacional, fizeram orações pelo ex-presidente e entoaram palavras de ordem, como "O Brasil vai parar" e "Supremo é o povo", além de ataques a Moraes e ao STF.
O deputado Evair de Melo (PP-ES) e o advogado Sebastião Coelho, desembargador aposentado, integraram o grupo que fez as manifestações. Eles publicaram vários vídeos nas redes sociais mostrando o protesto em favor de Bolsonaro.
Com as manifestações, a Polícia Militar do Distrito Federal reforçou a segurança e fechou o acesso à Esplanada dos Ministérios e à Praça dos Três Poderes, onde fica o STF. A PM também acompanhou a movimentação, mas não houve registros de confronto ou incidentes.
Prisão domiciliar
Moraes decretou, nesta segunda-feira, 4, a prisão domiciliar de Bolsonaro, sob a justificativa de que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas contra ele após o uso de redes sociais -- no domingo, 3, Bolsonaro participou, por meio de videochamada, de manifestações movidas por apoiadores e chegou a fazer declarações.
Além da prisão domiciliar, Moraes também determinou o uso de tornozeleira eletrônica -- que já é feito pelo ex-presidente desde 18 de julho --, proibição de visitas, com exceção de advogados e pessoas previamente autorizadas pelo STF; e recolhimento de aparelhos celulares.
O ministro do STF também destacou que o descumprimento das regras da prisão domiciliar ou de qualquer uma das medidas cautelares implicará na revogação da medida e na decretação imediata da prisão preventiva de Bolsonaro, de acordo com o artigo 312, parágrafo 1º, do Código de Processo Penal.
Em nota, a defesa de Bolsonaro alegou surpresa e disse que o ex-presidente "não descumpriu qualquer medida". "A frase "Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos" não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso", destacaram os advogados, que acrescentaram que irão apresentar os recursos cabíveis. *(Com informações do Estadão Conteúdo e da Ansa).


