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Polícia

TJ-SP mantém decisão de levar Mizael a júri popular

21 mar 2012 - 11h45
(atualizado às 13h42)
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A 12ª Câmara de Direito Criminal negou nesta terça-feira recurso dos advogados de Mizael Bispo de Souza e Evandro Bezerra Silva, mantendo a sentença de pronúncia que leva ambos os réus a júri popular pela morte da advogada Mércia Nakashima em 2010. A decisão foi unânime e teve as participações dos desembargadores Angélica de Maria Mello de Almeida (relatora), Carlos Vico Mañas e Breno de Freitas Guimarães Júnior.

Decisão desta quarta mantém decisão de pronúncia de Mizael
Decisão desta quarta mantém decisão de pronúncia de Mizael
Foto: Vagner Campos / Futura Press

Na semana passada, a Justiça de São Paulo negou o pedido de soltura dos réus e adiou a decisão do julgamento do recurso. A defesa do advogado e policial aposentado pleiteava a revisão de sua pronúncia e a revogação das qualificadoras do crime. O Fórum de Guarulhos (SP) ficou com a missão de julgar a decisão sobre a soltura.

A Promotoria acredita que o julgamento de Mizael ocorra até novembro deste ano.

O caso Mércia

Mizael obteve na Justiça o direito de ficar recolhido em uma sala de Estado-Maior - um ambiente sem grades dentro de uma organização militar (Exército, Marinha, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros ou Polícia Militar). Ele se entregou em fevereiro, após mais de um ano foragido. O advogado do réu, Ivon Ribeiro, disse que seu cliente sofre uma perseguição pessoal do promotor Rodrigo Merli Antunes e da Polícia Civil.

O caso Mércia

A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, desapareceu no dia 23 de maio de 2010 e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela levou um tiro no rosto, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água. O principal suspeito do crime é o ex-namorado de Mércia, o policial aposentado Mizael Bispo de Souza, que não aceitaria o fim do relacionamento. O vigia Evandro Bezerra Silva é suspeito de ter auxiliado Mizael no crime.

Logo após a morte de Mércia, Evandro teria fugido para Sergipe, onde foi preso em julho do mesmo ano. Em um primeiro momento, ele disse ter ajudado Mizael a fugir, mas voltou atrás depois, alegando ter sido torturado para confessar o crime. Rastreamento de chamadas telefônicas feito pela polícia com autorização da Justiça colocariam os dois na cena do crime, de acordo com as investigações. Além disso, a polícia encontrou nos sapatos do ex-policial pequenas manchas de sangue, fragmentos de osso e chumbo, além de uma alga presente na represa. Mizael chegou a ter a prisão decretada em agosto, mas o mandado foi revogado dias depois. No mesmo mês, Evandro foi solto. Ambos negam todas as acusações.

No dia 7 de dezembro de 2010, a Justiça de Guarulhos decretou a prisão preventiva de Mizael e de Evandro, e determinou que ambos fossem levados a júri popular pelo crime. O ex-namorado de Mércia foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O vigia foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (emprego de meio insidioso ou cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.

Fonte: Terra
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