O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Julio César Fernandes Neves, vai apurar indícios da ação de policiais nos crimes
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Julio César Fernandes Neves, chegou a Campinas nesta manhã de terça-feira e pretende acompanhar as investigações de apuração das 12 mortes por execução em cinco bairros da região do Ouro Verde registradas entre a noite de domingo e madrugada de segunda-feira. O ouvidor esteve no Cemitério dos Amarais e fez contatos com familiares dos mortos.
"Estamos aqui para acompanhar, pois há indícios de retaliação policial. Queremos saber se houve atos ilícitos de algum policial, e eles podem ser expulsos e julgados pela Justiça Comum", comentou.
Neves disse que sua vinda à cidade se deve à determinação do Secretário Estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, que também deve estar na cidade no final da tarde. O ouvidor pretende se encontrar com o diretor do Departamento Judiciário da Polícia do Interior 2 (Deinter 2), Licurgo Nunes Costa, e ficar a par da situação. Ele pretende acompanhar os depoimentos de testemunhas que afirmam que os atiradores eram policiais.
Testemunhas
Pelo menos 10 pessoas devem depor ainda hoje no prédio da Polícia Civil, na avenida Andrade Neves, no Guanabara, onde estão sediadas a Delegacia Seccional, o Deinter 2 e o Instituto Médico Legal, entre outros departamentos. Desde as primeiras horas da manhã, pessoas com os rostos cobertos, evitando se expor, entraram pelas portas laterais e conversaram com os investigadores.
Segundo o diretor do Deinter 2, Licurgo Nunes Costa, a investigação para apurar as 12 mortes será conduzida por uma força tarefa de seis delegados e investigadores do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa de São Paulo. O diretor do Deinter já afirmou em entrevista que as investigações estão em andamento e não descarta nenhuma motivação dos crimes - como vingança, execução sumária, desavença de grupos rivais e retaliação de policiais.
14 de janeiro - O secretário estadual de Segurança de São Paulo, Fernando Grella, durante entrevista coletiva nesta terça-feira
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
14 de janeiro - Cinco dos 12 mortos foram velados e sepultados no Cemitério dos Amarais, em Campinas
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
14 de janeiro - Familiares e amigos acompanham o funeral de uma das vítimas
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
14 de janeiro - Coroas de flores foram levadas para homenagear os mortos
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
14 de janeiro - Familiares e amigos de vítimas se preparam para enterro
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
14 de janeiro - Familiares pediram privacidade durante os enterros
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
13 de janeiro - Segundo a polícia, metade das vítimas tem passagem por crimes como roubo e tráfico de drogas
Foto: Denny Cesare / Futura Press
13 de janeiro - Polícia aumenta efetivo nas ruas de Campinas
Foto: Denny Cesare / Futura Press
13 de janeiro - Ônibus e carro incendiados após protestos na região do terminal Vida Nova
Foto: Denny Cesare / Futura Press
15 de janeiro - Familiares e amigos das vítimas da chacina ocorrida em Campinas realizam uma manifestação pedindo por justiça, na região de Ouro Verde
Foto: Denny Cesare / Futura Press
27 de janeiro - A Polícia Civil apresentou Gullet Fernandes Oliveira, 22 anos, acusado de matar o policial Arides Luis dos Santos. Ele foi preso em Minas Gerais e transferido para Campinas
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
27 de janeiro - Em entrevista coletiva, o diretor do Departamento de Policia Judiciária de São Paulo Interior 2 (Deinter 2), delegado Licurgo Nunes Costa, afirmou que o acusado confessou que atirou no policial para se defender
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
29 de janeiro - Cinco policiais militares de Campinas foram detidos por uma força-tarefa formada pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, Ministério Público e Polícia Civil, apontados por envolvimento na chacina
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
30 de janeiro - O comandante do 47º Batalhão da Polícia Militar do Interior de Campinas, coronel Carlos de Carvalho Júnior, durante coletiva
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
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