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Polícia

SC rejeita presos que lideraram rebelião no Paraná

16 out 2014 - 21h45
(atualizado às 21h48)
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A secretaria de Justiça do Paraná estuda para qual presídio serão transferidos os dois presos apontados como líderes da rebelião ocorrida nesta semana na Penitenciária Industrial de Garapuava, e que não puderam ir para outro Estado.

<p>Rebelião durou 48h quando 9 agentes penitenciários e 7 presos foram feitos reféns</p>
Rebelião durou 48h quando 9 agentes penitenciários e 7 presos foram feitos reféns
Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira, o Departamento de Administração Penitenciária de Santa Catarina negou o pedido feito pelo Paraná para que os detentos fossem transferidos para o Estado vizinho.

Segundo a assessoria de comunicação da secretaria, após o fim da rebelião, ambos os presos foram escoltados pela Polícia Civil até Curitiba, de onde aguardam a remoção para uma unidade prisional mais adequada.

Outros 29 detentos foram realocados para outros presídios, uma vez que esta foi uma das condições do acordo que encerrou o motim. Ontem, quando foi anunciado o fim da rebelião, a informação era de que 28 presos seriam transferidos, mas outros três detentos fizeram a mesma exigência, de acordo com a secretaria.

Para o diretor da Administração Penitenciária, Leandro Soares Lima, não foram encontradas razões que fundamentassem a transferência, após ser analisada a vida pregressa dos presos e o seu histórico prisional. Outro motivo alegado pelo Estado vizinho é que as transferências devem ser solicitadas oportunamente, e não somente em momentos de crise, desde que sejam “notadamente justificáveis”.

“O departamento se solidariza com o Estado vizinho mas acredita que, a exemplo de Santa Catarina, as crises devem ser enfrentadas internamente e, em casos extremos, solicitado o apoio ao governo federal”, avalia o diretor, por meio de nota. Leandro Soares informa que o Estado de Santa Catarina aguarda autorização para transferir mais de 50 detentos ao Paraná.

Outro argumento utilizado pelo diretor é o de que esse tipo de solução tem se tornado frequente, o que pode gerar uma espécie de cumplicidade com os presos que têm seus pedidos atendidos toda vez que promovem um motim.

Rebelião na PIG pode ter 80 detentos envolvidos:

"A ocorrência de rebeliões no Estado vizinho tem sido demasiadamente frequente e, a cada crise, novas vagas são solicitadas em Santa Catarina. Aceitar as transferências é estar conivente com a forma que vem sendo utilizada pelos presos paranaenses para conseguirem o atendimento a suas solicitações", diz a nota.

Agência Brasil Agência Brasil
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