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Polícia

RJ: policiais não têm motivos para paralisação, diz Pezão

20 mai 2014 - 19h54
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Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão
Foto: Governo do Rio / Divulgação

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta terça-feira que os policiais civis do estado não têm motivos para aderirem ao movimento nacional da categoria, que pretende realizar uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, nas atividades de investigação. Em nota divulgada nesta tarde, o governo do estado disse que a classe teve conquistas salariais nos últimos anos.

A greve de 24 horas foi aprovada em assembleia nesta segunda-feira. Segundo o Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol), neste período, os policiais darão prioridade a autos de prisão em flagrante e casos que envolvam violência e grave ameaça à ordem pública. De acordo com o Sinpol, em caso de furto, perda e extravio de documentos ou objetos, a população será orientada a retornar à delegacia de polícia no dia seguinte.

O sindicato está convocando a categoria para um ato às 10h desta quarta-feira em frente à Chefia de Polícia, no centro da cidade, para repudiar a demora e o suposto descaso com que são tratados pelo governo. Os policiais civis também são representados por outra entidade sindical, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), que, por sua vez, pretende realizar um ato às 14h em frente à Cidade da Polícia, na zona norte da capital.

Os policiais civis reivindicam reajustes salariais de 80%, incorporação de gratificações ao salário (como uma referente à Delegacia Legal, de R$ 850), plano de cargos e salários com valores mais próximos aos pagos a delegados, reajuste de 100% no tíquete-refeição, que hoje é de R$ 13 por dia, e do vale-transporte, que atualmente é de R$ 100. A paralisação, segundo o presidente do Sinpol, Fernando Bandeira, acontecerá do primeiro-minuto de quarta-feira até a meia-noite do mesmo dia. "Respeitaremos a lei, que determina um efetivo de, no mínimo 40% nas delegacias, já que se trata de atividade essencial", disse Fernando Bandeira, presidente do Sinpol.

O governo afirma que tem mantido diálogo constante com a categoria

"Tenho conversado permanentemente com o sindicato da Polícia Civil. Não vejo este cenário de greve. Demos agora, em fevereiro, um aumento de mais de 11% para todos os policiais civis, policiais militares, bombeiros e agentes penitenciários. Quando assumimos o governo, o Estado investia R$ 2,2 bilhões em segurança pública. Hoje, são cerca de R$ 9 bilhões. Claro que temos que valorizar, mas fizemos um grande esforço. Foram mais de 120% de aumento real nesses últimos sete anos. Agora, para fazer mais reajustes temos que ter recursos e pé no chão. Não podemos comprometer as contas do Estado. Se eu puder, darei", afirmou o governador, Luiz Fernando Pezão.

Segundo o governo do Rio, de 2007 até 2014, o Estado concedeu 123,5% de aumento no vencimento aos policiais civis, policiais militares, bombeiros militares e inspetores da Administração Penitenciária. O governo afirma que o reajuste teve repercussão em gratificações.

O estado do Rio afirma que as gratificações dos policiais aumentaram (a da Delegacia Legal foi reajustada em 70%, de R$ 500 para R$ 850 e a da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil passou de R$ 500 para R$ 1,5 mil) e houve aumento escalonado em 2010 de aproximadamente 70% para delegados. A remuneração média (a soma de todas as verbas recebidas) de um inspetor de polícia teria passado, de acordo com o governo, de R$ 2.462, em 2007, para R$ 6.119 em 2014, um aumento de 148%. O Executivo afirma que a remuneração de um oficial de cartório passou de R$ 2.550 para R$ 6.887, crescendo 170% e que os delegados de polícia tiveram aumento médio de 91%, uma vez que a média de remuneração passou de R$ 10.818 para R$ 20.671.

No próximo dia 26 o Sinpol realizará uma assembleia para decidir se a categoria entra em greve a poucos dias da Copa ou se promove outros protestos. Já o Sindpol pretende realizar uma assembleia na noite desta quarta-feira.

Fonte: Terra
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