Presidente da Império de Casa Verde e vice da Liga-SP é alvo de operação da PF contra o PCC
São cumpridos 22 mandados de prisão preventiva em cinco Estados brasileiros em uma investigação sobre tráfico internacional de drogas
Alexandre Constantino Furtado, presidente da Império de Casa Verde e vice da Liga-SP, é alvo de operação da PF contra o PCC, ligada ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Alexandre Constantino Furtado, conhecido como Teta, é o principal alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) contra integrantes de uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, deflagrada nesta terça-feira, 23. Teta é presidente da escola de samba Império de Casa Verde e vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP).
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Ele é apontado pela PF como integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo apurado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A Império da Casa Verde informou em nota que "o corpo jurídico da agremiação está acompanhando o desenrolar dos fatos, mas até o presente momento não há elementos concretos para qualquer declaração adicional". Oficialmente, não foram divulgados os envolvidos na operação.
A Liga-SP divulgou uma nota similar, em que diz que "não dispõe de informações adicionais e se manifestará oportunamente". "A Liga-SP reafirma seu compromisso com a transparência, com a seriedade de sua atuação e com a integridade institucional de suas filiadas, valores dos quais não se afastará", escreveu a entidade.
A PF divulgou que a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/SP) cumpre 22 mandados de prisão preventiva e 40 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal de Belém, nos estados de: São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. A ação faz parte da Operação Vila do Conde.
As investigações tiveram início após uma apreensão de cocaína no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), em 9 de fevereiro de 2021. Na ocasião, policiais federais apreenderam 458 kg de cocaína, que estavam acondicionados em meio a uma carga de quartzo, cujo destino final seria o Porto de Rotterdam, na Holanda.
A PF diz ter identificado os membros da organização criminosa transnacional, assim como toda a estrutura logística montada para escoar a produção de cocaína para a Europa. A investigação teria desvendado toda a logística empresarial voltada à lavagem dos ganhos ilícitos, envolvendo empresas fictícias e investimentos em segmentos formais do mercado, como restaurantes e prestadores de serviços diversos.
A ação contou com apoio da Polícia Militar do estado de São Paulo e da Receita Federal.