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Polícia

Documentos apontam que ex-delegado-geral Ruy Fontes estava na mira do PCC antes de ser assassinado

Mapeamento de imagens de segurança mostrou que a vítima estava sendo vigiada há pelo menos um mês

21 set 2025 - 22h58
(atualizado às 23h28)
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Resumo
Documentos revelados indicam que o ex-delegado-geral Ruy Fontes, morto em uma emboscada, estava na mira do PCC há meses, com ordens articuladas de dentro de presídios e vigilância registrada previamente.
Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em Praia Grande (SP)
Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em Praia Grande (SP)
Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Novas informações sobre o assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, revelam que ele era alvo direto do Primeiro Comando da Capital (PCC). Fontes foi morto em uma emboscada em Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração desde 2023. Documentos obtidos pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 21, mostram que o plano contra ele vinha sendo articulado há meses.

De acordo com a reportagem, um dos veículos usados no ataque circulava pela região um mês antes do crime, contribuindo para a tese de que a emboscada foi planejada.

A carreira de Ruy Fontes ficou marcada pelo enfrentamento à facção criminosa. Nos anos 1980, ingressou na Polícia Civil de São Paulo e, em 1999, liderou a prisão de Marcos Willian Camacho, o Marcola, que se tornaria o chefe máximo do PCC. 

Em 2019, já como delegado-geral da Polícia Civil, determinou a transferência de 22 líderes do PCC para presídios federais de segurança máxima. Meses depois, conduziu a prisão do grupo conhecido como "Bonde dos 14". Em audiência sobre o caso, Fontes revelou que seu nome havia sido incluído em uma lista de alvos da facção. 

"Policiais fizeram uma investigação e descobriram que havia, no meio do PCC, uma ordem para matar algumas autoridades e o meu nome estaria entre elas", disse.

Ruy permaneceu no cargo até 2022 e se aposentou no ano seguinte, mas as ameaças não cessaram.

Conforme a reportagem, as ordens para executar as autoridades partiam de dentro dos presídios. "O que eu quero deixar bem claro é que não saíram bilhetes ou cartas da Penitenciária Federal. O que saíram de lá foram ordens verbais codificadas através de advogados, através de familiares, não só de presos da cúpula, mas de outros presos que conviviam com a cúpula na mesma unidade prisional", afirmou o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

O documento mencionava diretamente o nome de Ruy Fontes. "Ele me disse: 'Doutor Lincoln, o senhor está mais tranquilo porque está muito bem protegido pela sua escolta. Eu, como aposentado, não tenho esse direito'", relatou Gakiya.

Fonte: Portal Terra
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