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Polícia

PR: sindicato repudia prisões de delegados e ameça paralisação

18 jul 2013 - 19h37
(atualizado às 19h43)
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Tayná foi morta no dia 25 de junho, em Colombo (PR)
Tayná foi morta no dia 25 de junho, em Colombo (PR)
Foto: Facebook / Reprodução

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná emitiu nota nesta quinta-feira contestando a prisão de 10 policiais civis suspeitos de tortura a presos no caso da morte da adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos. Para o presidente do sindicato, Jairo Estorilio, não existe elementos autorizadores da prisão preventiva. O sindicato ameaça retirar policiais civis da função de vigiar presos.

“O reconhecimento fotográfico é uma prova irrelevante, pois é óbvio que todos os policiais que participaram das diligências visando apurar a morte da adolescente Tayná seriam reconhecidos, fato este que qualquer pessoa de inteligência mediana deveria compreender”, disse o delegado, afirmando ser defensor dos direitos humanos. “Porém o policial também é um ser humano e como tal deve ser respeitado, não podendo sofrer punição tão severa antes mesmo de ter o direito de dar a sua versão dos fatos." Para ele, as palavras dos suspeitos da morte da adolescente foram recebidas como verdade incontestável. “Nossos policiais poderiam ser intimados para serem ouvidos, portanto a prisão é uma medida injusta, covarde, absurda e temerária."

O presidente do sindicato aproveitou a ocasião para voltar a criticar a utilização de delegacias de polícia como carceragem, e ameaçou uma atitude radical. “A permanência de presos em Delegacias de Polícia é uma afronta aos direitos humanos dos presos e dos policiais. Ou retira-se os presos imediatamente das unidades policiais, ou retiramos nossos investigadores de qualquer função que se refira a guarda de presos."

O delegado concluiu afirmando que tomará todas as medidas para reverter a prisão dos policiais, que chamou de insanidade. “Concordamos com a punição de qualquer policial que tenha praticado desvios de conduta, mas a presunção de inocência não pode ser esquecida, mesmo quando o acusado é um policial."

Fonte: Especial para Terra
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