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Polícia

Rio: morre bebê baleado quando estava na barriga da mãe

30 jul 2017 - 19h16
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Reconstituição do caso Claudineia dos Santos Melo, mãe do bebê Arthur, atingido por bala perdida quando ainda estava dentro do útero da mãe
Reconstituição do caso Claudineia dos Santos Melo, mãe do bebê Arthur, atingido por bala perdida quando ainda estava dentro do útero da mãe
Foto: Carlos Arthur / Futura Press

O bebê Arthur Cosme de Melo morreu hoje (30) no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense, exatamente um mês depois de ser atingido por um tiro ainda no útero da mãe, na Favela do Lixão, em Duque de Caxias, na mesma região.

Claudinéia dos Santos Melo, de 29 anos, estava com 39 semanas de gravidez e teve que ser submetida a uma cesariana de emergência no Hospital Municipal Dr. Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias. O tiro atravessou o tórax do bebê, que teve o pulmão e a coluna atingidos, além de ferimentos em uma das orelhas. Como a unidade não tinha UTI neonatal, Arthur foi transferido em estado grave para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes.

Desde o internamento, estava sendo acompanhado por uma equipe médica que avaliava o risco de Arthur ficar paraplégico. Claudinéia dos Santos Melo, recebeu alta do Hospital Moacir do Carmo no dia 6.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que a morte do menino ocorreu às 14h05 deste domingo, após apresentar, por volta das 5h30 da manhã, piora de seu quadro clínico, em decorrência de uma hemorragia digestiva intensa.

Ainda segundo a SES, a família de Arthur foi comunicada e recebeu na unidade, ainda pela manhã, todas as informações sobre o estado de saúde do bebê, que se agravou nas últimas horas. "Todos os procedimentos para reverter o quadro foram adotados, porém não houve resposta clínica do paciente", contou o órgão, por meio de nota.

A família também se reuniu na unidade hospitalar com a chefia da UTI Neonatal e com a equipe médica. De acordo com a SES, o corpo do menino será encaminhado ao Instituto Médico-Legal, para procedimento padrão em casos de violência, caracterizado como vítima de perfuração por arma de fogo.

A secretaria, a direção e toda a equipe médica do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes lamentaram a morte do bebê. A SES disse que segue à disposição dos pais e familiares da criança.

Agência Brasil Agência Brasil
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