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Polícia

MG: policial civil é demitido por realizar encontros de presos fora da cadeia

22 ago 2013 - 16h49
(atualizado às 16h54)
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Um policial civil de Itaúna, a 76 quilômetros de Belo Horizonte (MG), foi exonerado nesta quinta-feira por realizar encontro entre presos fora da penitenciária. A demissão do agente foi publicada no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais após meses de investigações conjuntas do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, que apuram possíveis esquemas de corrupção envolvendo policiais do município.

Segundo a corregedoria de polícia, ficou provado em processo administrativo que o detetive, junto com uma terceira pessoa que trabalhava como agente penitenciário, recebeu dinheiro para possibilitar o encontro entre presos fora do estabelecimento prisional. Para isso, de acordo com as investigações, o acusado chegou a simular atendimento médico de urgência.

As investigações apuram ainda outros esquemas criminosos na cidade envolvendo o setor de trânsito, tráfico de drogas, além de desvios ligados a relaxamentos ilegais de prisão em flagrante e favorecimento de presos. Segundo o MP-MG, há, inclusive, suspeitas de envolvimento de policiais com homicídios. Os fatos foram detectados em setembro de 2011, depois de mais de um ano de investigação conjunta.

Investigações

Desde o início das investigações, foram instaurados 52 procedimentos administrativos na Corregedoria-Geral de Polícia Civil e 13 inquéritos policiais, todos em andamento. O MP-MG já ajuizou, até o momento, sete ações de improbidade administrativa e 11 ações penais também em andamento.

Em março deste ano, por exemplo, foram denunciados um delegado de polícia e um detetive locais, por se utilizarem das suas prerrogativas de acesso ao sistema do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) para beneficiar uma quadrilha que se ocupava de regularizar administrativamente veículos com problemas na documentação.

Para o promotor de Justiça Fábio Galindo Silvestre, a atuação integrada e conjunta de órgãos de controle e de investigação pode ser efetiva e trazer resultados mais rápidos para a sociedade. Segundo ele, a frase dita pelo secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, durante uma entrevista em 2011 resume bem a situação em Itaúna: “Polícia nenhuma no mundo vai virar uma página enquanto tiver em seus cargos esse tipo de gente, e polícia nenhuma do mundo que tinha problemas não ressurgiu dos problemas sem fazer esse tipo de serviço.”

Fonte: Terra
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