PUBLICIDADE

Polícia

MG: Bruno é transferido para a penitenciária de Francisco Sá

21 jun 2014 - 15h38
(atualizado às 15h49)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Bruno, durante entrevista na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (imagem de arquivo)</p>
Bruno, durante entrevista na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (imagem de arquivo)
Foto: Hoje em Dia / Futura Press

O goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado pela morte da ex-amante Eliza Samudio, foi transferido nessa sexta-feira para a Penitenciária de Segurança Máxima Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais. Bruno já estava preso desde julho de 2010 no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Bruno deu entrada na unidade prisional por volta das 13h horas após ser escoltado, desde Belo Horizonte, por agentes do Comando de Operações Especiais (Cope) do Sistema Prisional. O goleiro fez cadastro na penitenciária e passou por um primeiro atendimento médico, jurídico e psicológico.

A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) autorizou a transferência de Bruno após pedido dos advogados do preso, após avaliar questões de segurança e obter a validação também da Justiça.

A Penitenciária de Segurança Máxima Francisco Sá é formada unicamente por celas individuais. A penitenciária possui capacidade para 300 detentos presos e atualmente abriga 323, segundo a Suapi. A transferência de Bruno foi autorizada no dia 10 de junho.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, foi condenado a 22 anos em abril de 2013.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade